terça-feira, 16 de abril de 2013

O SENTIDO DA VIDA Muitas são as pessoas que lutam por toda uma vida para descobrir um sentido para a existência. Como nascem em famílias que nunca pensaram nisso, freqüentaram escolas que não pensaram nisso e religiões que desfiguraram isso, bem como viveram ou vivem em sociedades alienadas, quando vêem a passar por processos vivenciais como carências de toda ordem e sofrimentos incompreensíveis, ao invés de examinarem seus modos de vida, entram em depressão por não saberem como agir para enfrentar as circunstâncias que as cercam. O estranho como parece ser é que o progresso que a humanidade vem alcançando nas últimas décadas, em todos os campos do conhecimento, principalmente a tecnologia hoje aplicável a todas as áreas da vida, na pretensão de trazer maior facilidade e felicidade na vida, nada tem contribuído para esse fim. Os seres humanos na sua avidez por construírem uma vida confortável, apelam por tudo que podem fazer com que se sintam realizados, mas no fim, quando encontram quaisquer adversidades, percebem de alguma forma que a estrada que palmilharam não desembocara, necessariamente, aonde desejavam. Formados como HOMENS DE DESEJO, ávidos por consumirem todos os mais novos produtos da tecnologia, bem como gozarem de todos os prazeres possíveis, vêm-se em algum momento, insatisfeitos com tudo aquilo que conseguiram, porquanto, no fim, isso não os realiza. Via de regra a humanidade passa por todo o trajeto da existência sem pensar que, apesar de tudo, somos seres de uma contingência inescapável. Basta pensar que um dia vamos inevitavelmente morrer e tudo desaba! Isso sem falar de catástrofes possíveis como terremotos, tusinamis, terrorismo, falências financeiras, doenças incuráveis ou qualquer outro fator que pode nos atingir a qualquer momento. O homem moderno (materialista, consumista, arrogante, pretensioso, etc.), sem o saber, está vivendo a custa de situações contingenciais que, na verdade, não pode controlar. Esquecendo do mais importante que é o seu INTERIOR, não aprendendo a conhecer-se, fica eternamente vulnerável a tudo o que lhe pode acontecer. Hoje várias são as teorias mais avançadas em psicoterapia, tanto quanto em ciências de vertente oriental, que propugnam pela existência de um DESTINO PESSOAL, que cada um possui e que deve ser racionalmente administrado. Costumo dizer para meus amigos e aos pacientes também que não NASCEMOS IMPUNEMENTE, pois cada um tem uma missão a cumprir. Se conseguimos percebê-la e para ela nos preparar, podemos viver tranquilamente na certeza de que nada mais precisamos fazer além de VIVER. Nesse caso, então, a morte não nos encontrará desprevenidos, e os outros eventos da vida também não. Devemos, portanto, tentar descobrir o sentido de nossas vidas e caminhar para suas realizações. Sabemos, no entanto, que os elementos que recebemos da vida (família, escola, religiões e sociedade) não nos aparelham para isso. No entretanto, não devemos voltar as costas às grandes conquistas que a ciência e a filosofia nos colocou nas mãos. Precisamos, sim, resgatar os conhecimentos alternativos que as sociedades e grupos antigos nos legaram e que de uma forma ou outra a modernidade apagou de nosso conhecimento. Temos que nos voltar para dentro, para encontrar o fio de Ariadne que nos guiará à fonte onde poderemos saciar nossa sede de verdade. Em que pese todo o conhecimento técnico acumulado até agora, o que temos são Verdades Relativas, que mudam com o tempo. O que precisamos encontrar são as nossas próprias Verdades Interiores que o tempo não apaga Como fazer isso? Pretendo dar algumas indicações nos próximos escritos....