segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

MENSAGENS DAS 2ªS FEIRAS

VERDADE


O que é a verdade?
Alguma vez em sua vida tal pensamento povoou o seu ser, abarcando-o numa avalanche de conjecturas secundárias?
Como seres humanos ou aprendizes de existência, todos devemos nos preocupar em saber a verdade para vivê-la integralmente, para que a vida possa ser vivida também integralmente.
Quando em nossa existência nos vem os primeiros lampejos de pesquisa metafísica, naturalmente existirão um se número de inquirições aparentemente sem respostas, assim como insondáveis inquietações.
A princípio, o mundo nos parece um tirânico Caos, pois, suas leis não só não são apreensíveis com facilidade, como crença e ciência não atingiram ainda o âmago da credibilidade sem fé.
No entanto, quando conseguimos nos aprofundar nas leis do caos, ordenando-o em estruturas compreensíveis, vemos que nessas leis podemos aprender as leis da harmonia quer no sentido metafísico do termo ou no sentido propriamente científico.
Entretanto, não é num abrir e fechar de olhos que completamos o jogo. São necessários anos a fio de estudo paciente e diligente, para que talvez, no fim de uma longa existência, podermos vislumbrar algo que se oculta atrás de muitos véus que protegem a verdade.
Lançando mão de uma das escrituras mais antigas que conhecemos, a Bíblia, de lá destacamos a seguinte exortação de Jesus: “Conhecereis a verdade de ela vos libertará”.
E a seguir, podemos dizer também que a verdade liberta, mas também compromete. Expliquemos:
O conhecimento amplia a visão humana, proporcionando ao ser a possibilidade de vislumbrar além das aparências e limitações próprias e naturais, metamorfoseando o conteúdo da mente, libertando-a em conseqüência, dos tabus, recalques, complexos e outros conjuntos psicológicos negativos e afins.
O saber compromete porque impõe ao homem, a sua cota parte de responsabilidade, por ser dessa hora em diante, ele, um ser criativo, portanto responsável por coisas e situações que poderá manifestar à sua inteira vontade, com o risco do pagamento de um alto tributo.
Torna-se assim, o artífice de seu próprio universo interior e um ambulante conjunto de influências que pode transferir a outros seres que poderão seguí-lo e de quem poderão usufruir forças para continuar a jornada da vida.
Infere-se daí, que, ainda no estágio de evolução em que nos encontramos, não poder existir uma verdade universal explícita, porque a maioria das mentes encarnadas atualmente em nosso planeta (com ênfase no mundo ocidental), não têm condições de acompanhar o raciocínio dos mais avançados quer em mística, quer em ciência, ou seja daqueles que atingiram altos graus de percepção.
Infelizmente, ainda, a verdade tem de ser procurada e encontrada pelo indivíduo isoladamente, em que pese existirem hoje, como sempre, organizações filosóficas cuja função é reunir os postulantes à verdade, para uma busca efetiva e planejada.
A busca de verdade que liberta exige tenacidade, trabalho duro e paciência ilimitada, pois aqueles que a possuem não a distribuem aleatoriamente, e por mais que possa ser duro, somente àqueles que provaram merecer.
Para a apreensão das leis cósmicas que constituem as verdades reais, é antes de tudo, necessário ser moral e ético, de uma forma mais espiritual que social e virtuoso no sentido dos sentimentos reais.
De posse dos cânones da verdade, o indivíduo perde sua rotineira e comum liberdade, pois de agora em diante está eternamente comprometido a comportamentos, atitudes e pensamentos corretos. Ao longo da leitura do Novo Testamento Bíblico, podemos inferir que nós seremos julgados por nossos pensamentos, palavras e obras. Ora, aquele que aje com base na verdade real é um sério candidato a uma vida de satisfações plenas já no agora, mas, por ser tão difícil a disciplina exigida, a maioria da humanidade não quer saber dela e sim das oportunidades que o mundo dá, sem exigir a plena convicção de sua virtuosidade.
No entanto só por ser difícil, não devemos abandonar a busca da verdade, pois, um dia, quando menos esperarmos, ei-la que surge diante de nós, radiante e bela, como um anjo diáfano e resplandecente. No entanto, é preciso querê-la com todas as forças pois se assim não fizermos, ela estará sempre fugindo por nossos desejos desvairados.


Eu pensando em como seria bom poder acreditar naquilo que vemos e ouvimos.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

MENSAGEM DAS 2ªAS FEIRAS

A CONSCIÊNCIA IMPLANTADA


Os filósofos antigos muito deixaram de influência para a modernidade com seus conceitos e explicitações. Aristóteles por exemplo, teria dito que “nada vai à mente sem antes passar pelos sentidos”.
Essa simples informação bastou para que os materialistas de plantão dos séculos vindouros cunhassem a idéia de que o homem nascia como se fosse uma tabula rasa, que a experiências dos dias de vida iam preenchendo ao sabor dos acontecimentos. Nascia ai também a idéia de que o homem é um produto 100% dependente da natureza e do meio ambiente.
Hoje felizmente já sabemos (a ciência também esclareceu-se) que o homem troca influências com o meio ambiente e não depende totalmente dela, uma vez que ele podem também modificá-lo, vide as idéias de Francis Bacon já nos idos do século XVI. Ao aprender a explorar a natureza, o ser humano também percebeu ser ele um agente de mudança (pena que não só para melhor).
Por estas fatídicas idéias, o homem considerou-se o dono da natureza e único conhecedor de suas possibilidades. Assim, vindo ao mundo sem nada trazer, além da hereditariedade transmitida geneticamente, o homem foi educado para receber todas as influências da cultura transmitidas via família, escola, religião, mídias de todos os matizes e regras sociais.
Ao se tornar adulto, temos um belíssimo robô, com toda uma consciência implantada, que o guiará pelo resto de seus dias. Regras e crenças da família, educação na forma e conteúdo que o Estado determina, crenças herdadas pela religião familiar, comportamento influenciado pelas mídias e pelas regras ditadas pela sociedade.
Por essa via temos uma moralidade geográfica singular para cada cultura, uma ética trôpega advinda dos preceitos religiosos, o comportamento de moda, ditado pelas mídias e a aceitação acrítica de todas as regras sociais.
Será essa a verdadeira forma de ter uma consciência? Ou podemos dizer que o homem não tem uma consciência própria e sim uma consciência implantada?
Ao longo dos últimos séculos as famílias só sofreram mudanças provocadas pelas experiências da vida, por revoluções sociais e morais, bem como pelas exigências de sistemas educacionais mais aperfeiçoados na implantação de conceitos e regras. A religião cristalizou-se como era de se esperar, causando conflitos éticos e morais de toda a ordem na cabeça principalmente dos jovens.
Como advento das drogas, onde foi parar a consciência, mesmo a implantada? Provavelmente no lixo da história, pois sob a influência delas nenhum tipo de consciência pode ser manifestada.
Com a liberação sexual das mulheres a própria mulher se perdeu, bem como não poderia deixar de ser, também o homem ficou sem rumo. Essa mudança de paradigma resultou em desconfiança, uniões sem estabilidade e frouxas relações afetivas.
Quando eu era menino/adolescente, existia uma regra da Igreja Católica, muito boa por sinal para a época, que recomendava que à noite, antes de dormir, cada um de nós deveria fazer um exame de consciência, sobre o dia que passou, para verificarmos como foi o nosso comportamento, conosco mesmos e com os outros. Isto, verdade seja dita, nos dava um “insight” de moral, de ética e bom comportamento, mesmo que ainda não soubéssemos avaliá-lo à época.
Mais tarde vim a aprender coisa semelhante junto ao movimento escoteiro, onde junto com minha esposa e filha mais velha, durante 8 (anos) militamos como chefes de seções do movimento, que era o de fazer o mesmo exame ao fim do dia.
Hoje, vejo com tristeza que as ações dos seres humanos são excessivamente automatizadas, pois como dizem os americanos (moda que copiamos), tempo é dinheiro e o prazer tem que se gozado hoje.
Vemos, portanto, que a humanidade tornou-se escrava de conceitos, regras e crenças que agem em seus cérebros como fora um imperativo categórico. Dificilmente encontramos alguém com capacidade para pensar e agir de forma própria. Havendo um modelo para tudo. Claro que isso facilita a vida, gera preguiça para pensar e raciocinar, e muita facilidade para seguir regras sancionadas, familiar, religiosa e socialmente.
Não foi por acaso que as idéias de Freud não foram adotadas pelos americanos. Houve, inclusive, influência dos sistemas de segurança que estudando o conteúdo das idéias psicanalíticas, temeram que a população viesse a adquirir um grau de liberdade tal, que viesse abalar o seu famoso “Way of Life”, ou seja, o seu modo de viver a vida. Não é a toa que somente os psiquiatras detêm o verdadeiro poder médico americano.
A verdadeira liberdade se conquista somente quando libertamos nossa consciência de todo esse jugo, agindo e reagindo segundo outras regras, mais refinadas, mais claras e que melhor defende o ser humano.
Ainda bem que os movimentos de vanguarda do último quartel do século XX, mesmo nos Estados Unidos, souberam começar a quebrar os elos da corrente escravagista da mente, dando-lhe o poder de pelo menos perceber que a era dos carneiros guiados por um pastor cruel e insensível como o estado e suas exigências, já começava a estar fora de propósito.
Ninguém como o estado americano perseguiu tanto, pessoas que a seu ver, fugiam de suas regras. Veja por exemplo: Bhagwan Shree Rajneesh, Timothy Leary, John Lenon Wilheim Reich e uma infinidade de outros seres alternativos. Limitaram ou proibiram pelo bem do estado até o uso científico e médico com respeito a determinadas drogas psicodélicas. A consciência não podia ser libertada.
Felizmente não moramos lá. Mas do lado de cá, graça tamanha ignorância, que nem é preciso ações desse tipo, porque o nosso povo é carneiro mesmo, por nascença ou por adoção. Não tivemos o privilégio de estudar filosofia desde os primeiros tempos, pois a Igreja Católica tomou a si o direito de direcionar o seu estudo, segundo os ditames da teologia, não alfabetizamos o nosso povo para poder dominá-lo, daí o uso constante das mentiras que parecem verdades estampadas em todas as nossas instituições. Separamos negros de brancos (nem que seja economicamente), separamos ricos de pobres, com diploma e sem diploma, e vai por aí adiante.
Há inúmeras maneiras de nos livrarmos dos automatismos da consciência implantada, sem nos expropriamos das boas coisas que ela nos deu, como é o caso do indivíduo que para se livrar da água do banho, joga fora junto a criança.
Ler, ler muito para os alfabetizados, duvidar de tudo antes de pensar que o conhecimento recebido é verdadeiro, agir segundo uma intuição treinada, adotar a meditação como norma (até os médicos hoje recomendam), e procurar caminhos de autoconhecimento e autorealização, são a nosso ver, a única forma de revolucionar e libertar nossa mente dessa consciência robótica que nos foi implantada e caminhar pela vida sabendo o que realmente queremos. Não há outra forma.


Espero que sinceramente, esse artigo possa colaborar com o exame de consciência de cada um, permitindo-lhe, na medida do possível adequar sua consciência para a aquisição de uma vida feliz.

Eu pensando em como seria bom que todos os seres humanos fossem realmente conscientes.
(artigo produzido em Brasília e transmitido a partir de Belo Horizonte, onde estou hoje)

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

MENSAGENS DAS 2ªS FEIRAS

DESTINO E LIVRE ARBITRIO


A magnitude do ser está impressa em seu próprio eu. O homem tende a manifestar o conjunto de sua harmonia ou desarmonia interna, num fluxo conjunto de atividades, que podem vir a se tornar um benefício ou não para ele ou aqueles que o rodeiam.
Uma máquina qualquer só poderá funcionar bem, quando todos os elementos que a compõem se ajustam perfeitamente, no sentido de realizar um trabalho para um fim comum. É nesse ponto que peca o conhecimento normalmente adquirido por nosso homem de hoje. O materialismo de que se imbui, considera apenas aqueles elementos mensuráveis e palpitáveis em suas manifestações, somente até o limite da causalidade da vida física em uma só existência.
Acontece que a vida vai mais além de toda essa consideração. A causalidade de toda a manifestação da vida está fora do alcance dos aparelhos da ciência moderna.
Somos, evidentemente, o reflexo somatório de tudo que já fomos, prototizando dessa forma o que seremos no futuro. Aí está o grande segredo da explicação do destino versos livre arbítrio.
Há em nossos dias uma inusitada preocupação referente ao pós vida, os parcos anos da existência física, as diferenças de mentalidade, personalidade, sucesso, habilidades, nascimento e duração da vida.
Existe destino? Existe livre arbítrio? Sim, os dois existem a seu tempo, exercendo sua influência. Mas como? O mecanismo para a compreensão das leis que regem a existência do homem são tão simples que se tornam complexos e às vezes confusos porque carecem de base lógica na mente da ciência atual para sua explicação. Ademais, tem sido mal conduzidos e mal interpretados os fenômenos da vida, pelo excesso da necessidade de tudo generalizar, padronizar, classificar, como única forma para o entendimento da mente humana.
Vejamos. Destino, vocábulo usado para designar acontecimento pré-determinado e fatalidades que não podem sofrer modificações, porque já são fatos considerados consumados, e, diante disso, só resta ao indivíduo a conformação para a realidade de suas manifestações.
Livre arbítrio. Vocábulo usado para designar ações que os homens podem encetar e que fogem ao governo de qualquer mecanismo fora de sua mente e de sua própria vontade.
Como podemos facilmente verificar, o homem admite a existência e manifestação desses dois mecanismos. A vida do ser humano, através de suas encarnações, tem sido determinado pela conseqüência de suas atitudes, quer ativas ou reativas aos fatos da existência, seja a nível cultural, educacional, de compreensão, e uma série de outros fatores que entram na formação de cada um.
Consideremos para efeito de ilustração, uma vida isolada de qualquer indivíduo na face da terra. Nasce uma criança no seio de uma família comum, que lhe dedica afeições e carinhos normais de qualquer lar. À medida que essa criança vai crescendo, torna-se adquirente de conhecimentos inerentes à sua família, somados àqueles que conseguirá obter fora dos seus, que por associação fora de sua convivência familiar, na escola, nos brinquedos, nos passeios e nos livros, cinema, televisão, etc. À medida que tudo isso vai acontecendo, vai ganhando ela conhecimentos capazes de concorrer para a formação de sua personalidade atual.
Torna-se adulto e sente necessidade de expressar sua própria vida e começa a tomar diversas atitudes comandativas de suas ações, que gerarão reações que, conseqüentemente terá de suportar, sejam quais forem, boas ou más. Pelos anos afora, passa esse indivíduo pelas fases mais variadas e talvez mais incríveis. Poderá se tornar um homem próspero ou comum e até miserável materialmente e espiritualmente falando.
Quais foram as condições que deram a esse homem, o direito ou a desgraça de ter esse ou aquele tipo de vida? Se por um lado, muitas coisas fez em sua existência que foram tiradas de sua própria vontade, outra tantos estavam condicionadas por circunstâncias fora de seu controle. Seu próprio nascimento nessa ou naquela família, já foi condição imposta, mas por quem?
Que diz a ciência a esse respeito? Vejamos: considera ela o homem um produto de ações e reações biológicas que foram capazes de o gerar. Que isso ao acontecer determinaram através de cromossomos, cromonemas, cromatinas mais DNA, os elementos depositários da vida e da hereditariedade, a gênese patológica do ser. Nasce um individuo assim, o produto dos fatores conjuntos de seus geradores, trazendo em si uma bagagem de influências incubadas de seus ancestrais.
Reagirá face aos problemas da vida de acordo com o que seus sentidos e instintos o determinarem, somados ao conhecimento e a astúcia que conseguir adquirir. Passará pela existência sem outra finalidade que não o de procurar vencer materialmente a perpetuar a espécie, e, conforme seu berço religioso, esperando depois da morte a recompensa por ter passado por experiências que aparentemente não compreendeu, não explicou, e nem origem conheceu.
E as religiões. Essas transmitem a informação de que o homem foi feito e nasceu por decreto de Deus para viver na terra a glória de sua criação, devendo para retornar ao paraíso de onde saiu, viver de acordo com os ditames de sua lei e que após sua estada aqui na terra, passará por um julgamento no fim dos tempos, julgamento esse que determinará o local de sua futura morada.
As diversas religiões, pelo menos as ocidentais, que mais conhecemos, são na sua maioria, deterministas (pela existência de um destino), no que tange a formação e nascimento do homem. São ao contrário pelo livre arbítrio, quando se trata do modo como o homem conduzirá sua vida para ganhar o melhor julgamento depois dela.
Se examinarmos atentamente o bojo teológico da maioria dessas religiões, vamos encontrar sempre uma trindade aparentemente inexplicável, a existência de um Deus, ao qual a mente humana se arrogou o direito de adjudicar-lhe vários predicativos, sendo os mais comuns e conhecidos: onisciência, onipresença, misericórdia, infinita bondade e eternidade.
Se transportarmos alguns desses qualificativos para a pessoa humana, os encontraremos vinculados à personalidade e caracteres de uma grande percentagem de chefes de família. Qual o pai ou mãe que de uma forma ou outra, não assume alguns desses aspectos? Qual deles não deseja que a vida de seus filhos sema mais amena, mais alegre e mais feliz? E qual o filho que isso não terá se o quiser? Não o querendo não se lhe adianta dar. Qualquer dádiva pode ou não ser aceita.
Entretanto, o bom pai, naturalmente, estabelece regras e códigos que se cumpridos, ensejarão a seus filhos a oportunidade de serem agraciados com suas dádivas. E Deus. Segundo as Religiões e Teologias, assume “Ipso facto” as mesmas características. Mas quais são as suas regras, seus códigos?
Vários foram os seres que ao passarem pela terra chamaram a si o encargo de legislar as coisas Divinas, criar mandamentos. Códigos, pressentimentos, acompanhados quase sempre de grandes promessas aos seus seguidores caso pautassem suas vidas seguindo seus preceitos.
Se analisarmos profundamente as múltiplas questões que envolvem as sutilezas apresentadas por esses seres, encontraremos surpreendidos, um fio de Ariadne que a todos une, criando uma identidade de propósitos entre eles.
Estudando os aspectos culturais, científicos, morais, éticos, filosóficos, sociológicos e históricos, em harmonia com as mensagens deixadas por esse Avatares, podemos concluir que cada um a seu tempo e modo, semeava o mesmo conhecimento de formas diversas, seguindo o entendimento evolutivo da época. É interessante notar que todos eles se preocupavam em formular uma séria de regras e procedimentos para o homem como função básica para sua salvação.
Constatamos então, que Deus como pai, estabeleceu segundo a voz de seus profetas as suas leis pelas quais o homem aos observá-las estaria apto a entrar e participar de seu reino.
Os alquimistas e um determinado número de Ordens Iniciáticas e Esotéricas, Místicas e Filosóficas, possuem por uma forma secreta, os meios de, através de uma rígida disciplina pessoal, intensos estudos e práticas de exercícios que levam anos a fio, a chave da divindade do homem e como fazê-lo comungar com as Hostes Cósmicas, tornando-o um comensal da mesa Divina e um habitante permanente das Moradas do Pai.
Realmente, somos obrigados a reconhecer que, a certas circunstâncialidades de nossa existência, de nada adianta a nós, aparentemente encetar esforços no sentido de modificar sequer um de seus aspectos.
Para 99% da humanidade não existem explicações possíveis para o se estado de vida. A única perspectiva é a morte como fim e dúvida como principio, depois dela. O destino é como uma matriz que estamos constantemente elaborando em todos os minutos de nossa existência, quer por pensamentos, palavras e obras.
A abandonarmos o veículo carnal à putrefação da sepultura ou às cinzas da cremação, transferimos para os veículos imortais do ser, já impressa, a síntese de tudo que fomos e o estado a que chegamos. Está selado aí o destino da futura manifestação de vida.
O livre arbítrio no sentido de criar aspectos positivos ao destino, a longo prazo, revertendo a curva das circunstâncialidades para uma vida pródiga, pode ser plenamente usado, desde que se junte a ele o estudo da Sabedoria Divina.
A tese de que os Mistérios de Deus não podem ser conhecidos pelo homem – que se torna um seu filho pelo conhecimento esotérico – não tem guarida entre os iniciados. A qual filho se nega conhecer e saber das coisas de seu pai? É claro que para aspectos singulares, necessita-se esperar até que o homem alcance um determinado entendimento, que o permita apreender coisas tão importantes.
Vejam que mesmo Jesus falava em separado com seus discípulos e via de regra por parábolas e a Nicodemos no versículo 12 do Cap. 3 do Evangelho de São João diz: Se vos tenho falado das coisas terrenas e não me credes, como crereis se vos falar das celestiais? Óbvio aí está de que se pode falar não só das coisas de Deus, como estudar e conhecer as suas leis e o modo de aplicá-las à nossa evolução.
Podemos usar largamente de nossa vontade para realizar várias coisas na vida. Para modificá-la com o fim de imprimir-lhe um sentido consciente rumo à Divindade, a sabedoria (as leis de Deus) é um meio caminho andado.
A conscientização de que todos os nossos pensamentos, palavras e obras durante todos os minutos de nossa vida estão formando nossa futura existência é sumamente importante para a compreensão do processo de uso do livre arbítrio. Conhecer a mecânica das leis que regulam a Reencarnação é outro fator básico para um melhor aproveitamento do tempo da existência terrena.
O homem não nasceu para ser redimido ou condenado após um curto estágio na terra, nem nos é logicamente possível acreditar que somente fatores biológicos sejam os responsáveis pela maior ou menor chance que se dá ao homem pelo nascimento. Sabemos perfeitamente que esses fatores são o caminho para a manifestação de determinadas condições que por outro lado são da plena responsabilidade do próprio indivíduo. Não há para a média das pessoas, explicação possível para o nascimento numa grande e saudável família, de um membro estropiado, paralítico e/ou patologicamente deficiente.
Aqueles em cuja vida não entram fatores obstaculizantes desse vulto, deveriam procurar conhecer tanto quanto possível as maravilhosas leis Divinas, não só para criar para si próprios um melhor caminho para suas realizações, como também para serem os baluartes da verdade em que apoiariam os que, por débitos anteriores estivessem sendo submetidos a experiências limitativas.
A faculdade de escolha dói dada àquele que sabe o que e como escolher. Atrás do imenso Universo existe uma inteligência ansiosa para nos transmitir o seu conhecimento e nos iluminar com sua luz.
É, portanto o Destino, senão o caminho que foi por nosso livre arbítrio traçado em existências anteriores. O modo de encarar esse caminho, as formas de alargá-lo e dá-lhe a devida continuidade ou modificá-lo, constitui o emprego das forças que empregamos como nosso livre arbítrio atual. Cada arte o ofício exige suas próprias ferramentas e instrumentos. A edificação da vida é o ato mais importante da humanidade. Só assim, poderemos no futuro, construir um paraíso sobre a terra.
O homem é o único responsável pela própria vida e nenhum ato ficará impune ou recompensado, ainda que a justiça terrena o ignore. O Céu e o Inferno estão com suas portas abertas à espera daqueles que o escolheram pela sua própria vontade.
A revolta e uma vida infeliz, não é o melhor método para melhorá-la. A resignação faz parte da sabedoria e o esforço no sentido do aperfeiçoamento é a ordem a ser impressa na vida de cada um.
Um tradicional axioma esotérico nos diz o seguinte: Face a face com as poderosas forças e elementos da Natureza o homem contemplativo, destemidamente considera o seu lugar no grande esquema Cósmico.
A cada um de nós será dado seguindo nosso merecimento. Isso nos leva a concluir que o Destino não tão rígido como pensamos e o livre arbítrio no sentido da evolução são uma metodologia que pode se aprendida.

Eu pensando em quantos seres fazem besteiras usado o livre arbítrio


Até a próxima semana

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

MENSAGENS DAS 2ªS FEIRAS

RE-CONSTRUÇÃO DO SER HUMANO EM SUA RELAÇÃO COM O COTIDIANO


Prof. MsC. Pedro Henriques Angueth de Araujo



Qualquer interferência mais profunda e prolongada na organização da vida, que perturbe a harmonia e o conjunto dos fatores vitais elementares, provoca necessariamente doença.
Quando falamos em “doença” não estamos pensando unicamente no ser vivo individual. Através da experiência histórica sabemos que também as coletividades podem adoecer. Diz-se que uma família está doente, que um povo, ou a humanidade encontra-se enferma. As populações também são organismos vivos. E a vida é a condição eventual de toda doença – não havendo vida também não pode haver doença. A doença deve ser entendida como uma experiência básica complementar à saúde, e como tal ela é imanente à própria vida.
Mas também sabemos de povos e culturas que adoeceram e não mais se recuperaram, que pereceram e desapareceram do mundo. Estaria nossa humanidade enferma correndo o risco de desaparecer?
As doenças, não resta dúvida, são viagens à região sombria da vida. Mas também percebemos que “estar doente” não precisa ser sinônimo de derrota. Na doença, e com a doença, nos é dada também a oportunidade de uma melhor saúde, e de chegarmos a percebê-la de forma mais consciente.
Possuímos duas cidadanias, uma no reino dos sãos e outra no reino dos enfermos. A segunda pode nos ser incômoda, mas não podemos livrar-nos dela, que faz parte de nós como a própria sombra. Resta-nos apenas explorar o reino da doença, para podermos empregar uma diplomacia adequada.
Aplicado ao mundo, “explorar a doença” significa pôr corajosamente o dedo nas feridas abertas pelo próprio homem no mundo enquanto organismo, neste planeta com vida, alma e inteligência.
Pela palavra “mundo” empregada aqui, entendemos o nosso mundo terreno, o reino do homem, com o ambiente em que ele vive, com os seus semelhantes, o mundo das nossas experiências e do nosso trabalho.
Ultimamente o homem tem-se comportado como se fosse o “criador do mundo”. Graças à força de sua inteligência e à sua fantasia sem limites libertou-se da condição de mero objeto da evolução, elevando-se à de sujeito que a evoca. Tomou posse do reino animal e vegetal, não só aproveitando-se deles, mas conseguindo modifica-los, produzir “criativamente” quimeras como até agora não nos eram conhecidas senão através dos contos, das fábulas e dos mitos. Inexoravelmente o homem vai estendendo seu domínio a todas as criaturas não-humanas. Pela primeira vez o destino de todos os seres vivos encontra-se em suas mãos.
Perguntamos: qual a gravidade da doença deste mundo que nos pertence? E se nos interrogarmos sobre a gravidade da doença, não deveríamos também perguntar-nos no mesmo momento sobre a saúde do mundo? Como é que o mundo deveria se apresentar? Será que um mundo são não existe a não ser em nossa imaginação, carecendo de qualquer sentido de realidade? E chegamos à conclusão de que tal mundo nunca existiu, e nunca há de existir. Nossos estudos de história universal informam-nos que com muito mais freqüência a humanidade teve que viver em períodos de crise que em períodos ditos normais. Mas quem pode definir o que seja um “período normal”?
Sabendo disto, o sábio estaria mais inclinado a deduzir a tendência para o bem, o impulso – real ou presumido – para o progresso, para o “evoluir sempre mais para o alto”. Pois da crise não procede a catarse, a purificação, a renovação, a mudança de rumo e a conversão?
Com isto estaríamos fazendo menção do princípio esperança, com que Ernst Bloch pretendeu ordenar as razões últimas do ser e do pensar – se bem que não no sentido teológico. Contudo, ele se encontra aqui com Blaise Pascal , na medida em que este pretendia alcançar uma ordem através de princípios e fundamentos que deveriam partir menos da inteligência que do coração. Destas inspirações do coração poderíamos esperar melhores vislumbres da condição do homem, do que ele tem de discutível e de fraco, mas também da sua acessibilidade a Deus, da necessidade que ele tem de Deus, e, portanto, da salvação.
Mas como se encontram estas forças do coração nos dias de hoje? Não foram elas derrotadas pelas forças da inteligência? Principalmente agora? Doenças como perturbações da harmonia não raro possuem um longo estágio de latência. As raízes dos atuais fenômenos patológicos na esfera psicossocial penetram profundamente no passado. Podem ser buscadas no cartesianismo, com sua absolutização racionalista da razão. O cogito, ergo sum de Descartes suplantou o credo, ergo sum de Pascal. O homem de hoje perdeu a ligação com a realidade integral e esqueceu que tem necessidade tanto de uma máxima como de outra.
Nosso tempo ainda continua sendo o tempo do moderno. Este mundo moderno assim dizem os filósofos, assim dizem os médicos, os físicos, os cientistas, aqueles que refletem, encontra-se atolado na crise. Crises, porém, impelem ao retorno e à mudança. Elas são precursoras de uma modificação dos padrões, de uma mudança de todo o quadro das convicções, dos valores, dos procedimentos, da concepção das coisas, da vida como modelo e como padrão.
Doentes sempre haverá, sociedades doentes também, até que um dia no futuro, possamos nos concientizar de que a solidariedade e a compaixão, devem fazer parte da nossa consciência cotidiana.
Isso em relação aos indivíduos seria plenamente factível, no entanto, o Estado com sua ganância política e econômica, dificultam qualquer acesso a esse modo de existir.
No entanto, no nível do individual, poderíamos acessar outros instrumentos para que possamos ser mais felizes, independentemente do que estiver acontecendo à nossa volta.
A reconstrução do ser humano em sua relação com o cotidiano passa, inexoravelmente por um processo de autoformação, levando-se em conta que a necessidade que temos hoje em dia de aderir à técnica da aquisição do autoconhecimento é a que nos faculta o poder viver independentes dos conceitos que as diversas instâncias da sociedade implantaram em nós.
Se como eu disse em artigos anteriores que se dependermos de famílias, processos educacionais, sistemas religiosos e cultura social, (sociedade instrumental) que não têm condições de nos dar os referenciais para tal, temos que nos autoformar sob pena de continuarmos escravos de conceitos que só nos fazem viver uma vida mal vivida.
A aplicação da boa consciência, racionalidade nos processos de decisão e uma intuição ativa, podem ajudar e muito a vislumbrar o caminho a seguir.
Descartes, filósofo do início da era moderna nos deixou uma fórmula que hoje praticamente ninguém utiliza. Para tanto ele escreveu um livro inteiro , ou seja, toda uma técnica de como encontrar a verdade. Essa técnica reduz-se em duvidar de tudo, examinando tudo, até poder separar o joio do trigo.
Ora o que mais vemos hoje em dia, é o indivíduo acreditar em tudo sem um mínimo de senso crítico, colocando em prática ações que, sem o saber, muitas vezes são nocivas a ele.
No plano da cultura, os usos, costumes e conceitos admitidos têm muito do que não é bom utilizar, mas como a crença fala mais alto, dificilmente se pode detectar o que é falso e o que é verdadeiro. Essa é a nossa grande crise hodierna e cotidiana.
Não basta uma educação esmerada e dinheiro no bolso. O que vamos fazer com isso é o que conta. Necessitamos urgentemente de reformar a nossa visão de mundo não só pessoal, mas também cultural, ou o futuro nos propiciará crises ainda mais profundas, cujas soluções passam por um processo de autoconhecimento.
A doença quer pessoal ou social é o resultado inexorável das nossas emoções, sentimentos e pensamentos desequilibrados, face ao que acontece à nossa volta e à maneira errada de agirmos no modo de trabalhar, divertir, aprender, comer e te dormir.
Precisamos construir à nossa volta um escudo com o qual nos isolarmos das influências deletérias que nos cercam. Mas para isso, teremos que ter conhecimento que normalmente o mundo como está não nos proporciona. Isolar simplesmente (física e geograficamente), não é uma idéia saudável. Temos que viver no mundo e com o mundo, mas sem deixar que ele penetre em nós e nos destrua pela doença.
Concluindo, temos a qualquer custo que encontrar um caminho de autoconhecimento que nos dê as armas de que precisamos, para nos conhecer melhor, encontrar nossas verdadeiras capacidades, visitar o nosso interior e lá dialogar com a “pessoa” sábia que lá mora desde o início da evolução.
Somente assim, saudáveis e com o conhecimento correto, podemos não só vencer o mundo, como colaborar para que ele seja tão saudável quanto nós.

Eu pensando em como seria bom que todos fossem saudáveis.
(até a próxima segunda-feira)