segunda-feira, 27 de junho de 2011

MENSAGEM DAS 2ªAS FEIRAS

COMENTÁRIO VIII



Harmoniza-te com as coisas que te foram dadas e ama sinceramente as pessoas que o destino te deu por companheiras.
Marco Aurélio

Quando nós nascemos já encontramos um mundo dado, existente à nossa volta, uma família a nos cuidar (bem ou mal). Já que normalmente vamos passar uma parte significativa de nossa vida junto dessa família, melhor seria que pudéssemos nos harmonizar com ela, pois não sabemos que tipo de confronto nos será necessário ter, para alcançar nossa própria autonomia. Além do mais, alguns padecerão futuros encargos com ela. Pode ser que alguns tenham que se tornar arrimos ou mesmo cuidadores dos mais velhos, às vezes um ou ambos dos pais, ou mesmo avós.
Essa mesma família, por suposto, já vem antes de nós, como produto de uma dada sociedade, professando uma crença, pautando seu comportamento sob determinada influência política e social, e, sobretudo, pertencendo a uma classe social (imposta pelos valores que a sociedade impõe, bem como influenciada por uma dada cultura).
Está de certa forma caracterizado nosso destino, ou parte dele. Isso às vezes nos impede ou dificulta os nossos mais caros anseios pessoais e sociais. Que nos adiantaria lutar internamente contra determinadas influências contrárias? Claro está que essas influências são inconscientes nos primeiros anos, mas depois, podem se tornar (para aquele momento), impedimentos reais.
Não se muda coisas que já estão gravadas pelo destino. Não podemos virar homem se nascido mulher ou vice-versa. O melhor seria aprender a tirar o melhor partido que a situação nos oferece em dado momento de nossa vida.
Daí alguns considerarem a filosofia ou tendência religiosa familiar o melhor instrumento para a criação de harmonia familiar e social. Se a família nasce no seio de um sistema político radical, é justo que, seus descendentes sejam também radicais até o momento em que possam se livrar desse radicalismo.
Por outro lado, os adultos, para quem Marco Aurélio está escrevendo (primeiramente ele instrui-se a si mesmo), devem perceber que, nunca nossa cabeça é uma sentença que forçosamente deve ser aceita por todos ao seu redor.
Portanto, ainda há tempo para que nós, já adultos, possamos perceber o alcance de nossa influência, com que dados formamos nossa consciência, e o que estamos fazendo com aqueles que dependem, até certo ponto, de nossas idéias e nossa filosofia.
Em primeira mão, devemos reconhecer a dificuldade que nossos antepassados tiveram para nos manter, já que agora contamos com melhores condições de vida, advindas de melhor educação, melhor alimentação, tratamentos médicos mais avançados, liberdade religiosa e filosófica, liberdade para adquirir novos conhecimentos, o que nos leva a poder ser pessoas melhores.
Esse reconhecimento não nos deixa alternativa, senão construir um amplo sistema de perdão para todos os nossos antepassados que, no nosso entendimento se comportaram de forma a prejudicar nossos interesses interiores, bem como possíveis maus tratos, indiferença, falta de cooperação no alcance de nossos objetivos e todo tipo de comportamento que possamos mentalmente condenar, como tendo propiciado qualquer tipo de sofrimento aos nossos seres, seja de ordem física ou psíquica.
Na verdade não sabemos e nunca saberemos as influências que eles mesmos sofreram e que moldaram suas personalidades. Temos que nos acostumar à idéia de todos eles fizeram o melhor que puderam, nas circunstâncias nas quais viveram.
Para melhor conduzir nossa faina de hoje, devemos nos harmonizar com os seus atos, tentando descobrir apenas, o que de positivo nos restou. Não será possível que seus defeitos não nos levaram a obstáculos que nos fizeram de alguma forma reagir e vencer e que sem eles isso não fosse possível? Há inúmeros exemplos que poderíamos fornecer que não caberiam nesse simples artigo.
Marco Aurélio ao nos incitar amar sinceramente as pessoas que o destino nos deu por companheiras, está querendo nos levar inclusive a amar nossos inimigos, como podemos observar em todo o léxico dos evangelhos bíblicos.
Não são somente os amigos que nos podem ajudar a avançar em nossos interesses e objetivos, os ditos “inimigos” podem ter sido postos em nosso caminho para aprendermos que todos nós, os humanos, somos de certa forma irmãos planetários que estão aqui para aprender a viver uma fraternidade.
Na medida em que possamos amar a todos, estamos lastreando o planeta com um tipo de energia capaz de mudar todos os comportamentos desviantes de pessoas mal intencionadas. Estaremos ajudando a criar HARMONIA. Esta é a única fonte que pode realmente criar um ambiente em que todos nós possamos vive bem.
Não somente com pessoas, devemos aprender a nos harmonizar com todas as coisas que nos foram dadas ao longo de nossa existência. Assim, estamos criando um ambiente propício a todo o tipo de auto-realização positiva, para nós e para os outros. Pensem nisso!

(Eu pensando em quanto o homem trabalha contra si próprio).

segunda-feira, 20 de junho de 2011

MENSAGEM DAS 2ªAS FEIRAS

Reproduzindo algo que recebi.
As diferenças entre religião e espiritualidade

A religião não é só uma, mas centenas. A espiritualidade é uma.
A religião é para os adormecidos. A espiritualidade é para os despertos.
A religião é para aqueles que necessitam que alguém lhes diga o que
fazer, querem ser guiados. A religião tem um conjunto de regras
dogmáticas. A espiritualidade é para os que ouvem a sua voz interior.

A espiritualidade convida a raciocinar tudo a questionar tudo. A
religião impões, ameaça e amedronta.

A espiritualidade dá paz interior. A religião fala de pecado e de culpa.
A espiritualidade faz aprender com o erro. A religião reprime e torna falso.
A espiritualidade descobre. A religião não pergunta nem questiona.
A espiritualidade questiona tudo, pois sabe que tudo muda.

A religião é humana, é uma organização com regras. A espiritualidade é
Divina, sem regras.
A religião é causa de divisão. A espiritualidade é causa de união.
A religião lhe busca para que creia. A espiritualidade tem que ser
buscada por você.
A religião segue os preceitos de um livro sagrado. A espiritualidade
busca o sagrado em todos os livros.

A religião se alimenta do medo. A espiritualidade se alimenta da confiança.
A religião faz viver no pensamento. A espiritualidade faz viver na consciência.

A religião se ocupa do fazer. A espiritualidade se ocupa do Ser.
A religião alimenta o ego, pois uma se diz melhor que a outra. A
espiritualidade faz transcender o ego.
A religião faz renunciar ao mundo.A espiritualidade faz viver em Deus,
não renunciar a Ele.
A religião é adoração. A espiritualidade é meditação.
A religião sonha com a glória e o paraíso. A espiritualidade faz
vivê-lo aqui e agora.
A religião vive no passado e no futuro. A espiritualidade vive no presente.
A religião é prisão na memória. A espiritualidade é liberdade na consciência.
A religião crê na vida eterna. A espiritualidade faz consciente dela.
A religião dá promessas para depois da morte. A espiritualidade é
encontrar Deus em seu interior

Zélia C. de A. Toledo

segunda-feira, 13 de junho de 2011

MENSAGEM DAS 2ªAS FEIRAS

COMENTÁRIO VII


Há três relações: uma com o corpo que nos cobre, outra com a causa divina, fonte de tudo o que acontece a todos os seres, e a terceira com os companheiros de existência.
Marco Aurélio


O ser humano vive ao longo de sua vida aqui na terra, uma série de relações que vai tecendo enquanto caminha pela existência afora.
O veículo que usa normalmente para as suas tarefas desde o seu nascimento, é o corpo. O corpo humano é que primeiramente carrega todo o fardo da existência, seja ele um fardo positivo ou negativo.
Como o corpo nos foi dado para viver as relações com a vida, a natureza e os outros seres, deve ele ser cuidado de forma a nos fornecer as melhores qualidades de desempenho para que através dele, possamos cumprir nossa missão e atravessar o caminho.
Descuidar do corpo é tão pecado, quanto qualquer outro tipo de pecado que o ser humano acredita estar cometendo. Geralmente o homem se preocupa com pecados de cunho religioso ou moral, mas se esquece de que, por causa da inadequação do corpo provocada conscientemente ou intencionalmente, é um grande pecado contra si mesmo, passível de punição pela própria natureza. Normalmente as doenças advindas de uma conservação deficiente do corpo, podem assumir formas de punição de alta relevância, sem que o portador daquele corpo suspeite.
Portanto, asseio, alimentação, bem como bons pensamentos, serão fundamentais para nossa obrigação relativa ao nosso corpo. O asseio nos livra de contaminação por agentes externos ao nosso veículo carnal. A alimentação equilibrada e sem exageros, nos fornecerá as energias de que o corpo precisa para se manter em bom funcionamento e os bons pensamentos são de grande relevância para manter nosso veículo psíquico em boa forma para agir de maneira a dar manifestação aos nossos projetos de evolução.
A outra relação também de importância fundamental é com a causa divina, que nos permite inclusive a manifestação de nosso corpo e nossa mente nesse caminho de evolução que é a terra, de onde vamos tirar as experiências necessárias para continuar nossa trajetória rumo à existência transcendental.
Como não sabemos via de regra de onde viemos, o que estamos fazendo aqui e para onde vamos, o certo é que não somos habitantes eternos daqui. Pelo nascimento viemos a este mundo vindo de um outro, o qual, as religiões se dão o trabalho de identificar e nos transmitir.
Portanto, por suposto, devemos pelo menos admitir que a morte nos levará para algum outro lugar que não é este, e nem se parece com este. Se vamos ficar lá, ou vamos voltar para cá algum dia, tese estudada pelas várias espiritualidades ora existentes, pouco importa. O que realmente importa é darmos o devido valor a essa grande causa que nos trouxe e nos manifestou aqui para uma trajetória em que o tempo é de pouco valor, mas que nos impele a algum tipo de manifestação.
A terceira relação será com os nossos companheiros de existência. Poucos de nós se dão conta de que os companheiros que vêem e se vão ao longo de nossa trajetória estão de certa forma participando de nossa vida.
Geralmente, mesmo que inconscientemente, estamos aprendendo a vida toda, graças a essa relação. Com cada ser que cruzamos pelo caminhar afora, dele tiramos alguma ilação. Normalmente, a atitude do homem comum é a de não valorizar essa relação. Mas, se estivermos atentos e prestarmos bastante atenção, cada um deles está nos ensinando e demonstrando alguma lição importante para nós.
Sejam os membros de nossa família, às vezes tão díspares em sua manifestação e comportamento, sejam os membros das religiões a que freqüentamos, os professores e os colegas de escola, e os blocos representantes da sociedade, todos enfim, estando interagindo cotidianamente conosco, estão nos transmitindo alguma informação, algum exemplo e lição importante.
Todos são nossos companheiros de existência. Se não forem devidamente valorizados, estaremos perdendo um fio de cognição de extrema relevância para o nosso entendimento da vida.
Por fim, devemos meditar nessa lição de Marco Aurélio, pois ela pode nos dar uma chave importante para a felicidade enquanto seres humanos.

(Eu pensando em quanto o homem ainda não valoriza coisas tão importantes para si mesmo)

segunda-feira, 6 de junho de 2011

M

COMENTÁRIO VI


Deixa tudo o mais de lado e apega-te apenas a poucas verdades. E lembra-te de que vivemos apenas o momento presente, este instante infinitesimal, pois todo o restante ou já passou ou ainda é incerto. Esta vida mortal é algo muito pequeno, vivida num pequeno canto do mundo, e pequena é também a maior fama que se possa ter, que depende da memória de homens que perecem rapidamente e não têm noção de suas próprias vidas, quanto mais daqueles que morreram há muito tempo.
Marco Aurélio

Ao longo da história, o homem tem inventado uma multiplicidade de pseudo verdades que só servem para distrair a mente do que é mais importante para nossas vidas. Como ele é incapaz de descobrir uma Verdade Universal, tenta através desse expediente, criar um mecanismo de sobrevivência mental com o qual passar o seu tempo de vida aqui na terra.
Mas há verdades que podem ser admitidas por qualquer ser humano sem prejuízo para sí ou para outrem. Portanto, o ideal é que selecionemos poucas, mas verdades que calam em nosso consciente e inconsciente e que possamos viver felizes com elas.
Há socialmente falando um certo masoquismo em se discutir em certas reuniões de amigos ou conhecidos acerca de verdades que cada um acha válido manter. As nossas verdadeiras verdades nascem de dentro de nós mesmos, formadas pela família, escola, religião e todas as mídias.
Qualquer discussão sobre verdades particulares geralmente leva a possíveis desentendimentos, porque via de regra o homem em seu exacerbado narcisismo, sempre vai tentar convencer o outro de sua própria verdade o que pode tratar-se de uma verdadeira invasão de intimidade.
É necessário recordar que nossa existência terrena é pontuada por infinitos agoras que o homem comum não se dá conta. Temos mania de ficar recordando das coisas passadas como se elas pudessem ter novamente importância para nossa vida hoje. Não podem. As lições de nossa vida passada no tempo nesta Terra, só nos deveria servir para considerá-las como uma útil meditação sobre a nossa experiência adquirida e não nos servirmos delas na tentativa ou de reproduzi-las ou lamentá-las.
O tempo que vivemos nesse Planeta é muito pequeno para que fiquemos nos preocupando com eventos que não levam a nada. Por mais que vivamos, esse tempo passa rapidamente e às vezes nos surpreendemos descobrindo que nada fizemos de verdadeiramente útil para nós, nem para os outros.
Assim também, o homem está preocupado com que o futuro lhe reserva. Ora, o futuro será um produto do agora. Portanto o homem deveria se preocupar com o que está fazendo agora, pois isso lhe dará o futuro. Preocupar-se com o futuro é um sofrimento desnecessário. Ele virá de qualquer forma, trazendo em seu bojo o que as ações presente ensejarem.
Como o homem não conhece o seu destino, fica sempre temeroso com o que lhe pode acontecer. Mas, o que tiver de ser será. Essa é uma máxima irrefutável.
Geralmente o homem está sempre preocupado em amealhar dinheiro, posses e validar o seu narcisismo através do uso muito comum da vaidade e da fama. Vaidade das vaidades, tudo é vaidade, já disse o Livro de Eclesiastes, lá no Velho Testamento Bíblico. O homem estuda por vaidade, trabalha por vaidade, tenta se colocar nos melhores lugares da sociedade por vaidade, por vaidade ele rouba, transgride as leis sociais e morais, bem como tenta se colocar como um íncone do futuro para que todos se lembrem que ele existiu.
Faz tudo isso pensando que a memória social é eterna, que seu valor é eterno e não um pequeno evento no tempo, que o próprio tempo se encarregará de apagá-lo. Por mais que o homem alcance notoriedade, sempre haverá algo de importante em seus afazeres que não são nomeados, principalmente o lado negativo de sua vida.
O texto presente nos leva a analisar o que estamos fazendo com nossa vida hoje. O maior pecado que se comete é contra si próprio. Na medida em que nos perdemos no emaranhado de nossas atividades diárias pensando apenas no futuro, estamos perdendo a oportunidade de analisar o que se pode fazer hoje.
Simplificar a existência é um dos ditames que nos levam a considerar de que nem tudo que temos é de grande importância, nem tudo que ambicionamos nos é necessário.

(Eu pensando em como o homem perde tempo com inutilidades)