segunda-feira, 13 de junho de 2011

MENSAGEM DAS 2ªAS FEIRAS

COMENTÁRIO VII


Há três relações: uma com o corpo que nos cobre, outra com a causa divina, fonte de tudo o que acontece a todos os seres, e a terceira com os companheiros de existência.
Marco Aurélio


O ser humano vive ao longo de sua vida aqui na terra, uma série de relações que vai tecendo enquanto caminha pela existência afora.
O veículo que usa normalmente para as suas tarefas desde o seu nascimento, é o corpo. O corpo humano é que primeiramente carrega todo o fardo da existência, seja ele um fardo positivo ou negativo.
Como o corpo nos foi dado para viver as relações com a vida, a natureza e os outros seres, deve ele ser cuidado de forma a nos fornecer as melhores qualidades de desempenho para que através dele, possamos cumprir nossa missão e atravessar o caminho.
Descuidar do corpo é tão pecado, quanto qualquer outro tipo de pecado que o ser humano acredita estar cometendo. Geralmente o homem se preocupa com pecados de cunho religioso ou moral, mas se esquece de que, por causa da inadequação do corpo provocada conscientemente ou intencionalmente, é um grande pecado contra si mesmo, passível de punição pela própria natureza. Normalmente as doenças advindas de uma conservação deficiente do corpo, podem assumir formas de punição de alta relevância, sem que o portador daquele corpo suspeite.
Portanto, asseio, alimentação, bem como bons pensamentos, serão fundamentais para nossa obrigação relativa ao nosso corpo. O asseio nos livra de contaminação por agentes externos ao nosso veículo carnal. A alimentação equilibrada e sem exageros, nos fornecerá as energias de que o corpo precisa para se manter em bom funcionamento e os bons pensamentos são de grande relevância para manter nosso veículo psíquico em boa forma para agir de maneira a dar manifestação aos nossos projetos de evolução.
A outra relação também de importância fundamental é com a causa divina, que nos permite inclusive a manifestação de nosso corpo e nossa mente nesse caminho de evolução que é a terra, de onde vamos tirar as experiências necessárias para continuar nossa trajetória rumo à existência transcendental.
Como não sabemos via de regra de onde viemos, o que estamos fazendo aqui e para onde vamos, o certo é que não somos habitantes eternos daqui. Pelo nascimento viemos a este mundo vindo de um outro, o qual, as religiões se dão o trabalho de identificar e nos transmitir.
Portanto, por suposto, devemos pelo menos admitir que a morte nos levará para algum outro lugar que não é este, e nem se parece com este. Se vamos ficar lá, ou vamos voltar para cá algum dia, tese estudada pelas várias espiritualidades ora existentes, pouco importa. O que realmente importa é darmos o devido valor a essa grande causa que nos trouxe e nos manifestou aqui para uma trajetória em que o tempo é de pouco valor, mas que nos impele a algum tipo de manifestação.
A terceira relação será com os nossos companheiros de existência. Poucos de nós se dão conta de que os companheiros que vêem e se vão ao longo de nossa trajetória estão de certa forma participando de nossa vida.
Geralmente, mesmo que inconscientemente, estamos aprendendo a vida toda, graças a essa relação. Com cada ser que cruzamos pelo caminhar afora, dele tiramos alguma ilação. Normalmente, a atitude do homem comum é a de não valorizar essa relação. Mas, se estivermos atentos e prestarmos bastante atenção, cada um deles está nos ensinando e demonstrando alguma lição importante para nós.
Sejam os membros de nossa família, às vezes tão díspares em sua manifestação e comportamento, sejam os membros das religiões a que freqüentamos, os professores e os colegas de escola, e os blocos representantes da sociedade, todos enfim, estando interagindo cotidianamente conosco, estão nos transmitindo alguma informação, algum exemplo e lição importante.
Todos são nossos companheiros de existência. Se não forem devidamente valorizados, estaremos perdendo um fio de cognição de extrema relevância para o nosso entendimento da vida.
Por fim, devemos meditar nessa lição de Marco Aurélio, pois ela pode nos dar uma chave importante para a felicidade enquanto seres humanos.

(Eu pensando em quanto o homem ainda não valoriza coisas tão importantes para si mesmo)

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