segunda-feira, 11 de julho de 2011

MENSAGEM DAS 2ªAS FEIRAS

COMENTÁRIO X

Quem não sabe o que é o mundo, não sabe onde se acha. Quem não sabe para que foi feito, não sabe também o que é, nem o que é este mundo. O homem que não levou em consideração uma só destas questões não saberia dizer qual é a sua função natural. Como te aparecem então aqueles que são aplaudidos ou vaiados por pessoas que não sabem nem onde estão nem o que são?
Marco Aurélio

Esse é a meu ver, um dos mais primorosos comentários de Marco Aurélio. Nós, normalmente, nascemos, somos familiarmente educados, freqüentamos vários anos de bancos escolares, freqüentamos religiões diversas, adquirimos uma profissão, vamos para o mercado de trabalho e por fim, quando nos perguntam o que é o mundo, não sabemos responder. Por quê? Falta de estudos? Falta de reflexão? Vamos deixar para responder mais ao final deste artigo.
A sentença seguinte, inclui não saber para que foi feito. Ora não sabemos para que fomos feitos, porque não nos preocupamos nem um cêntimo com a possibilidade de termos uma missão a cumprir em nossa vida. Ora, se não sabemos o que estamos fazendo aqui, normalmente não sabemos o que somos e nem o que este mundo está fazendo em nossa frente.
Daí que as funções para as quais o homem foi feito, também cai no limbo. Nascemos homens e mulheres (bem como os que têm sexo alternativo). Mas por quê? Qual a finalidade das diferenças? Difícil responder se as primeiras questões não têm uma resposta aceitável.
Por que tanta ignorância, se tanto nas culturas antigas do Oriente e do Ocidente há tantas escolas de esclarecimento? Qual o motivo de se enveredar para a crença na indústria cultural que domina o mundo ocidental, que transformou homem apenas num “homo fazer”, destinado somente à indústria e ao comércio, sem lhe dar a chance do conhecimento de si e da auto-reflexão?
Marco Aurélio aqui neste texto se exprime com questões tão fundantes, por pertencer a uma das mais conceituadas escolas de filosofia de seu tempo: O Estoicismo.
Não vou no presente explicitar o conteúdo filosófico do estoicismo, cada um que faça sua própria pesquisa.
Será que no momento presente não existe algo semelhante a que devamos dar atenção, para que aprendamos a dar ouvidos a questões tão importantes? Claro que há, só que o homem de hoje normalmente está preocupado apenas em se dar bem na vida, através das realizações materiais que podem proporcionar riqueza e bem estar (no conceito ocidental).
Nem de leve se lembra de que um dia – qualquer dia – pode não estar neste mundo sem nada saber do outro. Caminhamos como zumbis, não sabemos de onde vimos, o que estamos fazendo aqui e nem para onde vamos. Triste tragetória da ignorância ambulante.
Confiamos somente e com certa indiferença o que nos dizem os dogmas religiosos. Será que dá para confiar? Assim também os cânones da filosofia ocidental moderna e pós moderna. Como saber onde está a verdade?
Será que essa verdade não está sendo propositadamente escamoteada para que sejamos servos do materialismo econômico? Somente das realizações do mundo material? Reflitamos, pois.
Será que quando chegamos ao cume de nossas realizações mereçamos diante de nossa ignorância da vida, acreditar também nos aplausos de pessoas que não sabem nem onde estão nem o que são?
Urge que o homem se esclareça para que não vá atravessar os portais da morte, sem ao menos levar algum conhecimento que preste. Afinal, passamos a vida de mãos vazias. Será que não temos obrigação de levar algo de bom para onde vamos?
Quem me garante que essa não seria uma das missões que aqui viemos aprender? Se ao vir para este mundo carregando algo de que não sabemos a procedência e a relevância, não saberemos também o que fazer para levar algo positivamente diferente.
Mais uma vez, digo: urge que o homem se esclareça, se não com vistas a levar algo de bom para um outro mundo que não conhecemos, pelo menos para colaborar para melhorar o panorama que conhecemos.
O mundo anda meio podre, já dizem várias vozes. Não só referente à pobreza material de grande parte da população, mas principalmente da pobreza intelectual, moral e ética em que vivemos, sem nem estarmos aí para o que acontece.
No entanto, se cada um de nós nos esclarecermos suficientemente, podemos criar uma massa tão grande, que um dia germinará no seio da sociedade e aí poderemos dizer: Eu tenho condições de dialogar com esse texto de Marco Aurélio e transformar a sociedade para melhor.

(Eu pensando que o homem atual não sabe nem onde procurar a verdade)

segunda-feira, 4 de julho de 2011

MENSAGEM DAS 2ªAS FEIRAS

COMENTÁRIO IX

Considera sempre que o Universo é um organismo vivo, que possui uma única substância e uma única alma; e que todas as coisas estão submetidas a uma só percepção deste todo; que tudo é movido por um único impulso e tudo toma parte em tudo o que acontece. E repara quão intrincada e complexa é essa trama.
Marco Aurélio

Vemos aqui um ensinamento de Marco Aurélio que, a seu tempo parece ter sido um conceito quase universalmente aceito tanto no Egito, quanto na Grécia e principalmente na milenar filosofia oriental.
Hoje, há menos de trinta anos atrás, os físicos atômicos, diante das discussões sobre a física quântica, passaram a se defrontar com fenômenos físicos que ao se aproximarem das percepções antigas, causaram sérias preocupações a toda a comunidade cientifica desse ramo, mas como bons cientistas continuaram a tentar esclarecer suas interrogações.
O resultado de todo esse esforço da ciência (até estudando textos milenares), foi que quando conseguiram dividir o último dos elementos do átomo e nada encontrando de visível que pudesse dar anteparo para equacionar a origem da matéria, ficaram aí sim perplexos em não encontrar uma explicação que fosse viável.
Daí em diante o conhecimento sobre física quântica balizou as novas pesquisas que resultaram em novas compreensões (vide as obras de Fritjof Capra, Ervin Lazlo, Prigogine, Seldrake, etc.), não deixando dúvidas de que o universo é uma sopa de energia quântica, vindo a revelar os conceitos modernos de que a matéria não é nada mais do que energia condensada.
Ora, se o Universo é constituído, ele todo, de uma única energia ele também deve se constituir em um único elemento que pode propiciar a sua evolução, porque a sua criação, hoje sabemos, é uma constante, veja os novos sistemas estelares a todo o momento descobertos pela Astrofísica e Astronomia. Assim, poderíamos mesmo conjecturar, mesmo antes de conhecer esse texto de Marco Aurélio, que ele é constituído de uma única substância, dirigido por uma única alma. (O nome alma aqui, pode ser cientificamente conceituado como inteligência), o que viria a dar ares de conhecimento às nossas religiões modernas que asseveram a existência de uma grande inteligência que criou e gere todo, denominada Deus.
Ora se tudo no universo está integrado, o impulso criador, organizador, evolutivo e integrador deve também, ser um só. Ora se tudo é um, tudo toma parte em tudo o que acontece.
Se esse conceito de Marco Aurélio, ao que a ciência moderna não desqualifica, é necessário que entendamos a nossa responsabilidade na participação dessa realidade que o autor considera uma trama intrincada e complexa, à guiza de sua ignorância em sua verdadeira explicitação.
Onde fica então nossa responsabilidade nessa intrincada e complexa trama? Justamente no uso do pouco de livre arbítrio que o homem possui. Nossos pensamentos, palavras e obras, podem – ao constituir-se numa energia com grande carga de realização – tornar-se num elemento poderoso de interferência na massa quântica universal, provocando desvios e alternância de que hoje, nem conseguimos imaginar.
Os antigos sabendo disso, trataram de se aperfeiçoar, com vistas a não se contraporem, mas tão somente integrar essa energia no máximo de suas capacidades. Não tendo podido (por circunstâncias histórias e culturais), desenvolver uma ciência que lhes desse as explicações corretas, desenvolveram uma metafísica que os colocava no meio, no ritmo e consistência dessa sopa quântica e não só conseguiram participar das formações mais elevadas do pensamento humano, quanto integrando, conseguiram se aproximar mais da Divindade e dessa forma realizar os prodígios Metafísico-Psicológicos que hoje apreciamos nos Iluminados de outrora e de hoje.
O mais extraordinário é que, isso é possível hoje. Basta que façamos o uso correto do pouco de livre arbítrio que temos e possamos descobrir os caminhos que nos possam levar a uma vida, menos egoísta e menos dependente da matéria (sem descartar dela), tornando-nos os senhores da vida e não os pregoeiros da morte.

(Eu pensando quanto o homem vai abrir seus olhos à verdadeira realidade).

segunda-feira, 27 de junho de 2011

MENSAGEM DAS 2ªAS FEIRAS

COMENTÁRIO VIII



Harmoniza-te com as coisas que te foram dadas e ama sinceramente as pessoas que o destino te deu por companheiras.
Marco Aurélio

Quando nós nascemos já encontramos um mundo dado, existente à nossa volta, uma família a nos cuidar (bem ou mal). Já que normalmente vamos passar uma parte significativa de nossa vida junto dessa família, melhor seria que pudéssemos nos harmonizar com ela, pois não sabemos que tipo de confronto nos será necessário ter, para alcançar nossa própria autonomia. Além do mais, alguns padecerão futuros encargos com ela. Pode ser que alguns tenham que se tornar arrimos ou mesmo cuidadores dos mais velhos, às vezes um ou ambos dos pais, ou mesmo avós.
Essa mesma família, por suposto, já vem antes de nós, como produto de uma dada sociedade, professando uma crença, pautando seu comportamento sob determinada influência política e social, e, sobretudo, pertencendo a uma classe social (imposta pelos valores que a sociedade impõe, bem como influenciada por uma dada cultura).
Está de certa forma caracterizado nosso destino, ou parte dele. Isso às vezes nos impede ou dificulta os nossos mais caros anseios pessoais e sociais. Que nos adiantaria lutar internamente contra determinadas influências contrárias? Claro está que essas influências são inconscientes nos primeiros anos, mas depois, podem se tornar (para aquele momento), impedimentos reais.
Não se muda coisas que já estão gravadas pelo destino. Não podemos virar homem se nascido mulher ou vice-versa. O melhor seria aprender a tirar o melhor partido que a situação nos oferece em dado momento de nossa vida.
Daí alguns considerarem a filosofia ou tendência religiosa familiar o melhor instrumento para a criação de harmonia familiar e social. Se a família nasce no seio de um sistema político radical, é justo que, seus descendentes sejam também radicais até o momento em que possam se livrar desse radicalismo.
Por outro lado, os adultos, para quem Marco Aurélio está escrevendo (primeiramente ele instrui-se a si mesmo), devem perceber que, nunca nossa cabeça é uma sentença que forçosamente deve ser aceita por todos ao seu redor.
Portanto, ainda há tempo para que nós, já adultos, possamos perceber o alcance de nossa influência, com que dados formamos nossa consciência, e o que estamos fazendo com aqueles que dependem, até certo ponto, de nossas idéias e nossa filosofia.
Em primeira mão, devemos reconhecer a dificuldade que nossos antepassados tiveram para nos manter, já que agora contamos com melhores condições de vida, advindas de melhor educação, melhor alimentação, tratamentos médicos mais avançados, liberdade religiosa e filosófica, liberdade para adquirir novos conhecimentos, o que nos leva a poder ser pessoas melhores.
Esse reconhecimento não nos deixa alternativa, senão construir um amplo sistema de perdão para todos os nossos antepassados que, no nosso entendimento se comportaram de forma a prejudicar nossos interesses interiores, bem como possíveis maus tratos, indiferença, falta de cooperação no alcance de nossos objetivos e todo tipo de comportamento que possamos mentalmente condenar, como tendo propiciado qualquer tipo de sofrimento aos nossos seres, seja de ordem física ou psíquica.
Na verdade não sabemos e nunca saberemos as influências que eles mesmos sofreram e que moldaram suas personalidades. Temos que nos acostumar à idéia de todos eles fizeram o melhor que puderam, nas circunstâncias nas quais viveram.
Para melhor conduzir nossa faina de hoje, devemos nos harmonizar com os seus atos, tentando descobrir apenas, o que de positivo nos restou. Não será possível que seus defeitos não nos levaram a obstáculos que nos fizeram de alguma forma reagir e vencer e que sem eles isso não fosse possível? Há inúmeros exemplos que poderíamos fornecer que não caberiam nesse simples artigo.
Marco Aurélio ao nos incitar amar sinceramente as pessoas que o destino nos deu por companheiras, está querendo nos levar inclusive a amar nossos inimigos, como podemos observar em todo o léxico dos evangelhos bíblicos.
Não são somente os amigos que nos podem ajudar a avançar em nossos interesses e objetivos, os ditos “inimigos” podem ter sido postos em nosso caminho para aprendermos que todos nós, os humanos, somos de certa forma irmãos planetários que estão aqui para aprender a viver uma fraternidade.
Na medida em que possamos amar a todos, estamos lastreando o planeta com um tipo de energia capaz de mudar todos os comportamentos desviantes de pessoas mal intencionadas. Estaremos ajudando a criar HARMONIA. Esta é a única fonte que pode realmente criar um ambiente em que todos nós possamos vive bem.
Não somente com pessoas, devemos aprender a nos harmonizar com todas as coisas que nos foram dadas ao longo de nossa existência. Assim, estamos criando um ambiente propício a todo o tipo de auto-realização positiva, para nós e para os outros. Pensem nisso!

(Eu pensando em quanto o homem trabalha contra si próprio).

segunda-feira, 20 de junho de 2011

MENSAGEM DAS 2ªAS FEIRAS

Reproduzindo algo que recebi.
As diferenças entre religião e espiritualidade

A religião não é só uma, mas centenas. A espiritualidade é uma.
A religião é para os adormecidos. A espiritualidade é para os despertos.
A religião é para aqueles que necessitam que alguém lhes diga o que
fazer, querem ser guiados. A religião tem um conjunto de regras
dogmáticas. A espiritualidade é para os que ouvem a sua voz interior.

A espiritualidade convida a raciocinar tudo a questionar tudo. A
religião impões, ameaça e amedronta.

A espiritualidade dá paz interior. A religião fala de pecado e de culpa.
A espiritualidade faz aprender com o erro. A religião reprime e torna falso.
A espiritualidade descobre. A religião não pergunta nem questiona.
A espiritualidade questiona tudo, pois sabe que tudo muda.

A religião é humana, é uma organização com regras. A espiritualidade é
Divina, sem regras.
A religião é causa de divisão. A espiritualidade é causa de união.
A religião lhe busca para que creia. A espiritualidade tem que ser
buscada por você.
A religião segue os preceitos de um livro sagrado. A espiritualidade
busca o sagrado em todos os livros.

A religião se alimenta do medo. A espiritualidade se alimenta da confiança.
A religião faz viver no pensamento. A espiritualidade faz viver na consciência.

A religião se ocupa do fazer. A espiritualidade se ocupa do Ser.
A religião alimenta o ego, pois uma se diz melhor que a outra. A
espiritualidade faz transcender o ego.
A religião faz renunciar ao mundo.A espiritualidade faz viver em Deus,
não renunciar a Ele.
A religião é adoração. A espiritualidade é meditação.
A religião sonha com a glória e o paraíso. A espiritualidade faz
vivê-lo aqui e agora.
A religião vive no passado e no futuro. A espiritualidade vive no presente.
A religião é prisão na memória. A espiritualidade é liberdade na consciência.
A religião crê na vida eterna. A espiritualidade faz consciente dela.
A religião dá promessas para depois da morte. A espiritualidade é
encontrar Deus em seu interior

Zélia C. de A. Toledo

segunda-feira, 13 de junho de 2011

MENSAGEM DAS 2ªAS FEIRAS

COMENTÁRIO VII


Há três relações: uma com o corpo que nos cobre, outra com a causa divina, fonte de tudo o que acontece a todos os seres, e a terceira com os companheiros de existência.
Marco Aurélio


O ser humano vive ao longo de sua vida aqui na terra, uma série de relações que vai tecendo enquanto caminha pela existência afora.
O veículo que usa normalmente para as suas tarefas desde o seu nascimento, é o corpo. O corpo humano é que primeiramente carrega todo o fardo da existência, seja ele um fardo positivo ou negativo.
Como o corpo nos foi dado para viver as relações com a vida, a natureza e os outros seres, deve ele ser cuidado de forma a nos fornecer as melhores qualidades de desempenho para que através dele, possamos cumprir nossa missão e atravessar o caminho.
Descuidar do corpo é tão pecado, quanto qualquer outro tipo de pecado que o ser humano acredita estar cometendo. Geralmente o homem se preocupa com pecados de cunho religioso ou moral, mas se esquece de que, por causa da inadequação do corpo provocada conscientemente ou intencionalmente, é um grande pecado contra si mesmo, passível de punição pela própria natureza. Normalmente as doenças advindas de uma conservação deficiente do corpo, podem assumir formas de punição de alta relevância, sem que o portador daquele corpo suspeite.
Portanto, asseio, alimentação, bem como bons pensamentos, serão fundamentais para nossa obrigação relativa ao nosso corpo. O asseio nos livra de contaminação por agentes externos ao nosso veículo carnal. A alimentação equilibrada e sem exageros, nos fornecerá as energias de que o corpo precisa para se manter em bom funcionamento e os bons pensamentos são de grande relevância para manter nosso veículo psíquico em boa forma para agir de maneira a dar manifestação aos nossos projetos de evolução.
A outra relação também de importância fundamental é com a causa divina, que nos permite inclusive a manifestação de nosso corpo e nossa mente nesse caminho de evolução que é a terra, de onde vamos tirar as experiências necessárias para continuar nossa trajetória rumo à existência transcendental.
Como não sabemos via de regra de onde viemos, o que estamos fazendo aqui e para onde vamos, o certo é que não somos habitantes eternos daqui. Pelo nascimento viemos a este mundo vindo de um outro, o qual, as religiões se dão o trabalho de identificar e nos transmitir.
Portanto, por suposto, devemos pelo menos admitir que a morte nos levará para algum outro lugar que não é este, e nem se parece com este. Se vamos ficar lá, ou vamos voltar para cá algum dia, tese estudada pelas várias espiritualidades ora existentes, pouco importa. O que realmente importa é darmos o devido valor a essa grande causa que nos trouxe e nos manifestou aqui para uma trajetória em que o tempo é de pouco valor, mas que nos impele a algum tipo de manifestação.
A terceira relação será com os nossos companheiros de existência. Poucos de nós se dão conta de que os companheiros que vêem e se vão ao longo de nossa trajetória estão de certa forma participando de nossa vida.
Geralmente, mesmo que inconscientemente, estamos aprendendo a vida toda, graças a essa relação. Com cada ser que cruzamos pelo caminhar afora, dele tiramos alguma ilação. Normalmente, a atitude do homem comum é a de não valorizar essa relação. Mas, se estivermos atentos e prestarmos bastante atenção, cada um deles está nos ensinando e demonstrando alguma lição importante para nós.
Sejam os membros de nossa família, às vezes tão díspares em sua manifestação e comportamento, sejam os membros das religiões a que freqüentamos, os professores e os colegas de escola, e os blocos representantes da sociedade, todos enfim, estando interagindo cotidianamente conosco, estão nos transmitindo alguma informação, algum exemplo e lição importante.
Todos são nossos companheiros de existência. Se não forem devidamente valorizados, estaremos perdendo um fio de cognição de extrema relevância para o nosso entendimento da vida.
Por fim, devemos meditar nessa lição de Marco Aurélio, pois ela pode nos dar uma chave importante para a felicidade enquanto seres humanos.

(Eu pensando em quanto o homem ainda não valoriza coisas tão importantes para si mesmo)

segunda-feira, 6 de junho de 2011

M

COMENTÁRIO VI


Deixa tudo o mais de lado e apega-te apenas a poucas verdades. E lembra-te de que vivemos apenas o momento presente, este instante infinitesimal, pois todo o restante ou já passou ou ainda é incerto. Esta vida mortal é algo muito pequeno, vivida num pequeno canto do mundo, e pequena é também a maior fama que se possa ter, que depende da memória de homens que perecem rapidamente e não têm noção de suas próprias vidas, quanto mais daqueles que morreram há muito tempo.
Marco Aurélio

Ao longo da história, o homem tem inventado uma multiplicidade de pseudo verdades que só servem para distrair a mente do que é mais importante para nossas vidas. Como ele é incapaz de descobrir uma Verdade Universal, tenta através desse expediente, criar um mecanismo de sobrevivência mental com o qual passar o seu tempo de vida aqui na terra.
Mas há verdades que podem ser admitidas por qualquer ser humano sem prejuízo para sí ou para outrem. Portanto, o ideal é que selecionemos poucas, mas verdades que calam em nosso consciente e inconsciente e que possamos viver felizes com elas.
Há socialmente falando um certo masoquismo em se discutir em certas reuniões de amigos ou conhecidos acerca de verdades que cada um acha válido manter. As nossas verdadeiras verdades nascem de dentro de nós mesmos, formadas pela família, escola, religião e todas as mídias.
Qualquer discussão sobre verdades particulares geralmente leva a possíveis desentendimentos, porque via de regra o homem em seu exacerbado narcisismo, sempre vai tentar convencer o outro de sua própria verdade o que pode tratar-se de uma verdadeira invasão de intimidade.
É necessário recordar que nossa existência terrena é pontuada por infinitos agoras que o homem comum não se dá conta. Temos mania de ficar recordando das coisas passadas como se elas pudessem ter novamente importância para nossa vida hoje. Não podem. As lições de nossa vida passada no tempo nesta Terra, só nos deveria servir para considerá-las como uma útil meditação sobre a nossa experiência adquirida e não nos servirmos delas na tentativa ou de reproduzi-las ou lamentá-las.
O tempo que vivemos nesse Planeta é muito pequeno para que fiquemos nos preocupando com eventos que não levam a nada. Por mais que vivamos, esse tempo passa rapidamente e às vezes nos surpreendemos descobrindo que nada fizemos de verdadeiramente útil para nós, nem para os outros.
Assim também, o homem está preocupado com que o futuro lhe reserva. Ora, o futuro será um produto do agora. Portanto o homem deveria se preocupar com o que está fazendo agora, pois isso lhe dará o futuro. Preocupar-se com o futuro é um sofrimento desnecessário. Ele virá de qualquer forma, trazendo em seu bojo o que as ações presente ensejarem.
Como o homem não conhece o seu destino, fica sempre temeroso com o que lhe pode acontecer. Mas, o que tiver de ser será. Essa é uma máxima irrefutável.
Geralmente o homem está sempre preocupado em amealhar dinheiro, posses e validar o seu narcisismo através do uso muito comum da vaidade e da fama. Vaidade das vaidades, tudo é vaidade, já disse o Livro de Eclesiastes, lá no Velho Testamento Bíblico. O homem estuda por vaidade, trabalha por vaidade, tenta se colocar nos melhores lugares da sociedade por vaidade, por vaidade ele rouba, transgride as leis sociais e morais, bem como tenta se colocar como um íncone do futuro para que todos se lembrem que ele existiu.
Faz tudo isso pensando que a memória social é eterna, que seu valor é eterno e não um pequeno evento no tempo, que o próprio tempo se encarregará de apagá-lo. Por mais que o homem alcance notoriedade, sempre haverá algo de importante em seus afazeres que não são nomeados, principalmente o lado negativo de sua vida.
O texto presente nos leva a analisar o que estamos fazendo com nossa vida hoje. O maior pecado que se comete é contra si próprio. Na medida em que nos perdemos no emaranhado de nossas atividades diárias pensando apenas no futuro, estamos perdendo a oportunidade de analisar o que se pode fazer hoje.
Simplificar a existência é um dos ditames que nos levam a considerar de que nem tudo que temos é de grande importância, nem tudo que ambicionamos nos é necessário.

(Eu pensando em como o homem perde tempo com inutilidades)

segunda-feira, 30 de maio de 2011

MENSAGEM DAS 2ªAS FEIRAS

ALÉM DA IMAGINAÇÃO

Prof. MsC, FRC, Pedro Henriques Angueth de Araujo

Revista Veja – 04.05.2011 – pág. 14 – Carta ao Leitor
Obs. Não pedi autorização para a transcrição do artigo pois o julgo de interesse público.


Imagine um país em que um senador que tinha as contas de sua amante pagas por uma empreiteira, e que perdeu o cargo de presidente da Casa por esse motivo, é indicado na legislatura seguinte para integrar o Conselho de Ética do Senado. Ou seja, para julgar o comportamento de seus pares.
Imagine um país em que outro senador arranca o gravador das mãos de um jornalista que lhe fez uma pergunta incômoda, e é apoiado por essa atitude destemperada.
Imagine um país em que um deputado federal semianalfabeto, na mais benigna das hipóteses, integra a Comissão de Educação e Cultura da Câmara.
Imagine um país em que o partido atualmente no poder concederá perdão ao protagonista do maior escândalo de corrupção da história – e que dá aulas, em seu estado, de Ética Política.
Imagine um país em que a nova chefe da Polícia Rodoviária Federal tem a carteira de habilitação apreendida por excesso de multas.
Em qualquer área, um profissional que comete um deslize é imediatamente afastado de suas funções e, dependendo da gravidade de seu ato, não volta nunca mais à ativa.
Mas isso não ocorre na política brasileira. Pelo contrário, os mais enrolados são vistos com admiração por seus colegas, como se professores fossem nas artes da prevaricação e da impunidade, e assim vão galgando postos na contramão da decência.
Em todos os níveis da política brasileira, a ética é afrontada diariamente. Mas em Brasília a situação alcança o surrealismo. Em setembro de 2003, VEJA circulou com uma capa que retratava a capital federal como um pedaço de terra flutuando no ar, com o título “Brasília da Fantasia”. Quase oito anos depois, a lógica de funcionamento da capital federal continua a ignorar as demandas do país. Brasília, como mostra a reportagem que começa na página 78, permanece uma cidade fora do tempo e do espaço, que mantém códigos (i)morais próprios e nutre um insolente desprezo pela opinião pública e pela ética.
Imagine um país, prezado leitor, além da imaginação. Esse é o Brasil político.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

MENSAGEM DAS 2ªAS FEIRAS

COMENTÁRIO V

Por que te deixas levar pelas circunstâncias exteriores? Reserva para ti um momento de sossego para apreender a natureza do Bem e refreia tua agitação. Abstém-te também de outro tipo de erro: o daqueles que se ocupam em diversas coisas mas não têm um fim para onde dirigir os seus esforços ou suas idéias.
Marco Aurélio


Os homens modernos, no afã de se realizarem na vida, segundo os padrões ocidentais, estão sempre sintonizados com o mundo do trabalho e do dinheiro. Haja visto que o dinheiro hoje em dia se transformou em um Deus a que muitos cultuam e uma vez se declararem teistas, criam inconscientemente um verdadeiro panteão de deuses como alguns povos antigos.
Ao competir com o verdadeiro Deus, o deus do dinheiro se torna às vezes, mais poderoso e realizador que aquele. Por incongruente que possa parecer, este tem o poder de realizar sonhos que ao outro não se roga.
Assim, se esse indivíduo possui alguma religião a que freqüenta ordinariamente, ao outro Deus se incumbe de realizações a que sabidamente o deus do dinheiro não tem alcance. Fica então estabelecida duas áreas de atuação, onde pode existir diferenças de interesses.
O homem deveria reconhecer que, à mercê das circunstâncias exteriores ele está submetido a leis e regras que são no mínimo falhas e que pode ensejar fracassos incompreensíveis.
O melhor seria viver as realidades do mundo exterior, tendo em vista o cumprimento do destino de cada um, sem, no entanto, viver ao sabor de ondas que não se sabe de onde vêem e para onde vão.
Meditar é preciso, diz o provérbio oriental. Portanto, todo homem verdadeiramente inteligente já deveria ter percebido, que momentos diários de meditação no mínimo lhe proporcionam “insights” ou intuições como se diz em bom português que são úteis na condução de uma vida digna, produtiva e com realizações que está agregadas à missão de cada um de nós.
Além disso, sabemos hoje que até a Medicina – através de várias categorias de médicos, bem como psicólogos e psicanalistas, estão recomendando a prática da meditação com o fim de diminuir o “stress”, bem como outras patologias.
Ninguém nasce impunemente digo eu constantemente. Ora não podemos simplesmente considerar que nascemos apenas por nascer, sem nenhum motivo mais importante, tanto para aprender, como para ensinar. Na esteira da vida, todos somos alunos e professores ao mesmo tempo.
A meditação nos dá sempre (depois e muita prática), o conhecimento não só de nós mesmos, mas também de nossa missão aqui neste planeta. O que normalmente acontece com os homens comuns que vivem turbilhonando nas circunstâncias exteriores, é que eles não são capazes de perceber em qual esquema do universo suas vidas estão inseridas.
A natureza do Bem a que se refere Marco Aurélio, é aquele bem supremo que depois de adquirido, torna-se nossa posse perene. O bem a que se refere, é o Bem supremo, a verdadeira consecução da existência universal, para a qual cada um de nós tem uma parte a contribuir.
Outro ponto importante da digressão de Marco Aurélio é quanto ao fato de sempre estamos nos preocupando com diversas coisas que, a um exame mais aprofundado passa a significar, na sua maioria, de uma bela inutilidade. São coisas que estão sempre soltas pelo caminho que não se juntam para nenhum fim teórico ou prático.
Na realidade os homens vivem se esforçando sem saber realmente para quê. Têm sempre um volume bem considerável de idéias e não sabem aplicá-las. Se estivermos observando uma reunião social na varanda de qualquer residência num fim de semana, prestarmos atenção ao que se fala e se discute, verificaremos que nem 10% é aproveitável. Além do mais quase nenhuma fala atinge o nível de certeza e o “eu acho” soa ao sabor da ignorância.
Por isso, os momentos de sossego e meditação vão servir para nos ajudar a ordenar nosso pensamento e nossas idéias, à partir dos “insights” ou intuições que nos vão ocorrer durante o dia. Servirão, pelo menos, como um guia confiável a que podemos com a confiança adquirida, dar todo o crédito.
Isolando-nos do burburinho do mundo externo, vamos encontrar no silêncio de nós mesmos todas as respostas que o mundo nos nega.


(Eu pensando em como os homens ainda não conhecem o caminho das pedras.)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

MENSAGEM DAS 2ªAS FEIRAS

COMENTÁRIOS IV


Prof. Msc, FRC, Pisc. Pedro Henriques Angueth de Araujo
http://www.pedroangueth.blogspot.com



Considera freqüentemente a rapidez com a qual as coisas e os eventos passam e desaparecem. A substância é como um rio em perpétuo movimento, suas ações são sempre cambiantes, suas causas mudam incessantemente e não há quase nada de estável, enquanto que está bem próximo o abismo do futuro e do passado, no qual todas as coisas se perdem. Desta forma, como não seria louco aquele que se envaidece ou se lamenta, como se o tempo de sua emoção significasse grande coisa?
Marco Aurélio


Hoje em dia é muito normal comentários do tipo: como o tempo está passando depressa! Ontem era segunda feira e hoje já é sexta-feira. Puxa já estamos em maio quando eu não vi nem abril passar! Coisas acontecem, eventos se formam e se vão com instantâneos movimentos. De repente recebemos os efeitos de eventos desconhecidos.
O rio da vida corre sem que nos apercebamos do que ele carrega e no fundo nós estamos indo junto com suas águas. As ações de nossas vidas mudam incessantemente, e no pior dos casos: inconscientemente. Inconscientemente estamos provocando causas que podem mudar completamente nossas vidas sem que seu processo seja de nosso conhecimento consciente.
O homem está inconsciente o tempo todo das causas que o levam de lá para cá. Está inconsciente o tempo todo de sua própria existência, pois o tempo todo está voltado para fora de si mesmo, no atendimento dos eventos cotidianos do mundo exterior.
Se começarmos a fazer um esforço de percepção consciente dos acontecimentos que nos envolvem no dia a dia, vamos perceber que nada em nossa vida é estável. Assim como nós, nada ao nosso redor e no próprio universo é permanente. Tudo goza de uma profunda instabilidade e nós não temos condições de avaliar antecipadamente as formas com as quais o futuro nos presenteará.
Com o tempo, o passado perde todo o seu colorido, ficando via de regra, somente as idéias de como poderia ter sido, se tivéssemos agido de forma diferente, o que pode nos trazer um grande complexo de culpa. Por outro lado, estamos sempre temerosos daquilo que o futuro pode nos trazer.
Por tudo isso, devemos meditar sobre o que são hoje os nossos desejos, nossos apegos e nossa forma de ser. O mínimo de nossos sentimentos, emoções, pensamentos e ações são capazes de provocar uma verdadeira avalanche de situações em nosso futuro.
Com o tempo (e como a idade) percebemos melhor o que somos pelo que fomos. Vaidade, orgulho, ambição são emoções que realmente movem o mundo. Mas embora saibamos o que são essas emoções, não podemos perceber antecipadamente para onde elas estão nos levando.
Vale realmente a pena lutar com e por elas ao longo de nossa existência? Quantos aborrecimentos podem nos trazer uma vaidade exuberante, um orgulho desmedido e uma ambição desenfreada!
Para termos uma vida melhor, será necessário percebermos que somos seres causativos. O universo é um imenso caldo de energia. Nossos pensamentos são da mesma forma um grande fluxo de energia que, a todo instante está interagindo com as desconhecidas forças do universo.
Se esses dois campos distintos de ação da energia universal se antagonizam pela sua forma de expressão, a energia de menor impacto dos pensamentos humanos será atingida de uma maneira desconhecida pelo homem.
Até que aprendamos verdadeiramente a forma correta de entrar em ressonância com as energias universais, o melhor que temos a fazer é seguir o exemplo fornecido pelas grandes idéias que nos foram dadas pelos grandes seres que passaram por nosso planeta em tempos passados, pois hoje, não temos nenhum exemplo vivo que pode ser plenamente seguido.
Seja Buda, Cristo, Krisna, Confúcio, Lao Tze e outros mais do mesmo calibre, nos deram ao longo da história, formas harmoniosas de viver que teimamos em não respeitar.
Uma visita semanal a um templo budista, uma igreja cristã ou uma leitura aleatória de algum dito desses seres não será suficiente para nos esclarecer na verdadeira conduta que devemos ter diante da vida, para que possamos estabelecer o que eu chamo de ressonância entre o homem e as leis universais.
Portanto, aprendamos a meditar e avaliar o que estamos pensando, ideando e fazendo durante todos os minutos de nossa vida, para que possamos ao nos reconectar com a realidade maior, verificar o quanto nossa vida muda para melhor.
Tanto os pensamentos, quanto as idéias, as palavras e as ações, depois de liberadas, formam uma cadeia de eventos que não podem mais deixar de se expressar. Os resultados sejam eles positivos ou negativos serão por nós recolhidos na forma que foram projetados e não mais podem ser mudados.
Pesares, doenças e bênçãos advirão em função de como estamos agindo, em todos os sentidos.
Aprendamos, pois, a viver harmoniosamente em nosso planeta e no plano de nossas vidas.

(Eu pensando em como homem é ignorante de si mesmo e das leis que o regem num plano maior)

segunda-feira, 9 de maio de 2011

MENSAGEM DAS 2ªAS FEIRAS

COMENTÁRIOS III


Todas as coisas se encadeiam entre si e sua conexão é sagrada, e nenhuma coisa é estranha à outra, pois todas foram ordenadas juntas e contribuem junto para a bela ordenação do mundo. Com efeito, uno é o mundo que compõem todas as coisas; uno o Deus que está em toda parte; uma a substância; una a lei; una a razão comum a todos os seres racionais; una a verdade; pois também é a perfeição dos seres da mesma família e partícipes da mesma razão.
Marco Aurélio

Para efeito de compreensão de todo o texto acima apresentado, vou seccioná-lo com o fim de facilitar minha digressão e o entendimento dos leitores.
1. Todas as coisas se encadeiam entre si e sua conexão é sagrada, e nenhuma coisa é estranha à outra.
Desde o momento que modernamente os físicos quânticos entenderam que o universo é uma massa homogênea de energia e somente de energia são feitas todas as coisas no universo, podemos dizer que há uma conexão entre todas elas e que sua conexão é sagrada, pois, tudo é produzido por uma única mente: A Mente Divina. Por suposto nenhuma coisa pode ser estranha à outra. Daí que no entendimento desses físicos quânticos é de que tudo é uno e composto da mesma energia, cujas manifestações são diferentes, tendo em vista apenas à sua forma de manifestação.
Semelhante idéia também é encontrada em todos os textos sagrados das antigas religiões da Índia, China e Egito. Desde os Vedas, os Upanishads, Baghavad Gita, literaturas do Taoísmo de Lao Tse a Confúcio e a maravilhosa ciência encontrada no Egito Antigo, sem falar na filosofia Grega antiga, todos atestam a mesma plataforma de conhecimentos.
2. pois todas foram ordenadas juntas e contribuem junto para a bela ordenação do mundo.
De acordo com as antiqüíssimas filosofias dos povos antigos, todas as leis de que depende o universo (ou multiverso como querem as teorias mais modernas), para o seu funcionamento e expressão foram ordenadas num mesmo momento. Portanto, podemos ver que até as exceções (se elas existem) foram concebidas em seu início. E isto constitui para nós a bela ordenação deste mundo para o qual não temos explicação.
3. Com efeito, uno é o mundo que compõem todas as coisas;
Ainda não apareceu ninguém que pudesse cogitar de qualquer divisão ou secção neste mundo que é composto de todas as coisas. Hoje, através de cálculos bem aproximados, sabe a ciência que nosso Universo teria surgido a apenas 13 bilhões e 400 milhões de anos. Fantástica cifra que não cabe geralmente em nossas cabeças. Nessa escala de bilhões de anos, o aparecimento da vida como a entendemos e o homem em conseqüência, só tomam forma nos últimos minutos dessa grande aventura. Tudo segue numa linha do tempo que não permite divisões.
4. uno o Deus que está em toda parte;
Com toda a dimensão que se possa calcular que o nosso universo tenha e o tempo de sua duração, nenhum desvairado seria capaz de contradizer de que ele só poderia ser criado por uma única energia, ou seja. a energia denominada Deus. Para as mais avançadas teorias sobre a criação do universo a partir do “big bang”, há apenas um feixe de energias pairando na manifestação universal.


5. una a substância
Ora, segundo as mais variadas e profundas meditações sobre a existência de uma substância que esteja por trás da manifestação de qualquer objeto, desde a filosofia grega antiga, até nossos dias, podemos imaginar a existência de uma única energia que está subjacente a qualquer tipo de manifestação. Os físicos atômicos modernos, quando empreenderam múltiplas subdivisões no átomo, chegaram num ponto onde não mais existia qualquer vestígio de matéria. Foi aí, neste mesmo ponto, que alguns começaram a cogitar na existência de algo muito poderoso por trás da manifestação material, chegando mesmo alguns a suspeitar da existência de uma inteligência transcendental responsável pelos fenômenos da existência.
6. una a lei
Daí se pode entrever que sendo a lei una, ela estará a serviço de todo o universo enquanto ele estiver manifestado, bem como de uma forma até compreensível, além de sua própria manifestação. Se houvesse, por acaso, uma quebra nessa lei, o mesmo deixaria de ser o que é para se constituir num jogo de alguma mente muito poderosa mas de todo irresponsável. Einstein mesmo expressou que Deus não joga dados com o universo. Sábias palavras. Deus não está fazendo uma experiência com o universo, está tão somente proporcionando-lhe uma coerente manifestação.
Por outro lado, a todo o momento, é o homem que está sempre tentando quebrar essa lei através de exdrúxulas organizações religiosas que ao dominarem a mente humana numa seqüência de superstições, e para manter o seu perpétuo e desejoso poder, cristalizaram numa necessidade de se fazerem intermediárias entre o homem e Deus, a possibilidade do comércio do tipo: concede-me tal graça que eu da minha parte farei tais obras ou penitências. Vejam no que deu a venda das indulgências no século XVI, com a divisão do cristianismo até então monolítico.
7. una a razão comum a todos os seres racionais
Todos os seres racionais possuem uma razão que é comum a todos. Portanto, a irracionalidade tão propagada hoje em dia para alguns tipos de atitude, reflete apenas um pensamento distorcido, capaz de formular idéias falsas e inconclusivas (veja nosso artigo anterior). Se serenamente apelarmos para o nosso poder de usar a razão em todas as situações que vivemos e enfrentamos, seremos capazes de encontrar uma solução ou uma via a seguir. Somente aqueles cuja mente instalada em cérebros defeituosos, não são capazes de usar o seu poder de raciocínio.
8. una a verdade
No universo em que vivemos só existe uma verdade. Se nós não conseguimos ainda atingi-la é porque vivemos no emaranhado de nossas verdades relativas, onde cada um quer de qualquer maneira ser dono da verdade. A verdade é uma e só se alcança através da sabedoria, que é apanágio de seres especiais que viveram (ou vivem) uma vida dedicada à sua descoberta.
9. pois também é a perfeição dos seres da mesma família e partícipes da mesma razão.
Portanto, podemos inferir que todos nós membros da família humana, somos seres perfeitos para usar a mesma razão de que somos portadores. Os animais possuem o instinto que lhes dita os comportamentos a seguir. Por isso neles notamos um padrão que pode ser previsto. No caso dos seres humanos, o uso da razão é distribuído de forma equânime, ficando, entretanto, cada um na responsabilidade do uso mais adequado desse equipamento tão necessário em todos os tempos e hoje mais ainda, quando o mundo se tornou tão multifacetado.
(Eu pensando em como o homem moderno é irracional)

segunda-feira, 2 de maio de 2011

MENSAGEM DAS 2ªAS FEIRAS

COMENTÁRIOS II




Sua inteligência será tal qual suas idéias habituais, pois a alma se impregna de tais idéias.
Marco Aurélio

O mundo familiar, escolar, de trabalho, religioso e societário, nos enche de idéias. Além dessas nos vêm aquelas que decorrem de nossos “hobbies” e lazeres, jornais, revistas, televisão, etc e isso constitui e forma nossos pensamentos diários.
Com o tempo formamos hábitos que são resultados à partir de pensamentos que formam blocos de idéias que todo esse ambiente nos proporciona. E dessas idéias e hábitos, formamos finalmente nosso caráter.
Os pensamentos e emoções expressam nossas atitudes básicas para com o mundo – como nos relacionamos com ele – e formam um ambiente, um reino de fantasia e que vivemos.
Esse bloco monolítico que forma nosso caráter, quando atuando como tal é um processo que é transferido ao nosso inconsciente e daí comanda o fluxo de nossas ações de forma automática.
Não pensamos para dar respostas porque elas já estão prontas em nossa mente decorrente do hábito. As palavras ou os conceitos apenas apontam para aspectos parciais da experiência. Reagimos às idéias alheias, à partir do nosso estoque de idéias, sem, na maioria das vezes examinar o que o outro realmente está querendo nos dizer.
Tudo que lemos, inclusive livros, são por nós interpretados segundo nossas idéias. Como é difícil mudar de idéia! Elas estão tão impregnadas em nós, fazem tanto parte de nós, que se abdicarmos de alguma ou substituí-la por outra, parece que perdemos uma parte de nós mesmos.
Todas as pessoas que cultuam alguma religião, por exemplo, têm uma idéia para onde vão depois da morte. No entanto, ninguém tem certeza. Uns são mais radicais, outros menos, mas e daí?
Todos nós, via de regra, pensamos no futuro como um fluxo de idéias que decorre, paradoxalmente não do presente, mas sim do passado. Se nós examinarmos bem, o passado é sempre um fluxo de idéias, que aliás, como Psicanalista bem sabemos, nem tanto reflete o vivido, mas muitas vezes o que se desejou viver.
Estamos sempre pensando em como seria nosso presente, se em algum momento de nosso passado tivéssemos agido diferente, escolhido uma carreira diferente, escolhido o(a) parceiro(a) diferente, etc. Isso é o normal para todas as pessoas que são escravas de seus hábitos. Não há como fugir a esse tipo de atitude. Poucas são as pessoas que pensam no agora e agem conforme estão efetivamente vivendo.
Vemos, automaticamente, a nossa versão do objeto em lugar de vê-lo realmente como é. Ficamos, então, satisfeitos porque fabricamos nossa própria versão da coisa dentro de nós mesmos. Em seguida tecemos comentários, pegamos ou rejeitamos, mas não há nisso nenhuma comunicação verdadeira.
Algumas pessoas que são do meu círculo ou entram em contato comigo às vezes me perguntam: é possível mudar as idéias, no sentido de melhorar seus conteúdos e formar novos hábitos de pensamento? Eu respondo: claro que sim e não é muito difícil, mas certamente é muito trabalhoso, mas como tudo que é trabalhoso não é bem-vindo, muitas dessas pessoas não querem nem saber como. Mas é muito parecido com uma conversão religiosa. A única diferença é que a conversão religiosa se dá muitas vezes pelo ímpeto. Na conversão das idéias o trabalho é constante, exige paciência, disciplina, muita observação enfrentamento do fracasso e principalmente formação de uma nova rede de pensamentos.
Ninguém pode querer impor idéias novas na cabeça dos outros, como os parágrafos anteriores pode parecer ser o caminho.
O refinamento das idéias pode ser começado por uma leve imersão na filosofia. A filosofia é a própria discussão das idéias. A discussão das idéias filosóficas nos levam a formular novos pensamentos a respeito das coisas e dos eventos.
Depois devemos nos livrar das idéias negativas, como por exemplo, as trágicas notícias diárias que nos vem de todas as mídias. Evitar, tanto quanto possível, saber de notícias negativas ao longo do dia, ajuda a limpar nossa mente.
Em seguida, a leitura diária de textos positivos, tais como: livros texto de algumas organizações religiosas, sejam elas do ocidente ou do oriente, nos ajuda a adquirir uma visão panorâmica do pensamento mundial em termos de espiritualidade.
Formular um código de conduta diário, como por exemplo, a leitura do Livro Meditações de Marco Aurélio. Há outros autores que podem muito bem ser utilizados. A recomendação deste é pelo motivo mais prosaico, as recomendações que ele faz são para ele mesmo observar. É bom lembrar que Marco Aurélio foi Imperador Romano do Iº século de nossa era e pertencia a Escola Filosófica do Estoicismo.
Muitas pessoas pertencentes ao cristianismo em todas as suas versões, usam abrir a Bíblia pela manhã, em qualquer página e ler um trecho. Essa é uma atitude também inspiradora.
Purificar a mente é uma técnica que utiliza várias formas. No entanto, é necessário fazê-lo se quisermos ter pensamentos positivos e construtivos todos os dias, para assim edificar idéias que constituirão nossa inteligência. Essa inteligência é subconsciente, portanto, guarda tudo que nós mandamos para lá e nos devolve quando precisamos. Depois de algum tempo de treinamento, crie sua própria técnica.
Toda a nossa mente de uso diário funciona mais ou menos como um computador. Nosso HD possui somente aquilo que gravamos.

(Eu pensando em como mentes limpas construiriam uma sociedade melhor)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

MENSAGEM DAS 2ªAS FEIRAS

COMENTÁRIOS I

Pequena Introdução

Hoje inicio uma série de comentários que estão baseados nos escritos de Marco Aurélio, Imperador Romano do I século, que pertencendo a Escola de Filósofos Estóicos, e tendo que permanecer quase todo o tempo de seu reinado dirigindo os seus exércitos na expulsão dos bárbaros que tentaram todo o tempo invadir seus domínios, em seus momentos de descanso escreveu várias mensagens que curiosamente eram dirigidas a sí mesmo, como forma de normatizar o seu comportamento, consoante a filosofia que seguia. Daí surgirem as Meditações, livro que reúne os seus pensamentos.
Os comentários que elaborei estão calcados em todo o arcabouço de meu conhecimento reunido em 50 (cinqüenta) anos de estudos, de todas as áreas em que consegui penetrar e entender.
Os ditos de Marco Aurélio, sempre serão colocados à direita, iniciando o artigo, em itálico.


Quando a força das circunstâncias te deixa desamparado, recobra depressa o autocontrole e não te mantenhas fora de ordem mais que o necessário. O costume de estar em harmonia aumentará tua adesão a ela.

Marco Aurélio

Estas palavras englobam tudo aquilo a que nós podemos nos referenciar, tendo como base a Filosofia, a Psicanálise e a Psicologia. Quantas vezes por dia, se nos observarmos bem, as circunstâncias nos deixam desamparados, e ainda por cima por poucas coisas que acontecem à nossa volta.
Se observarmos bem, verificamos que o dito não diz para não ficarmos desamparados, até porque, isso, no nosso dia a dia é totalmente impossível. Haverá momentos em que num átimo de segundo, já nos vemos engolfados pela, raiva, pelo desalento e pelo desamparo que tais momentos nos proporcionam.
Se eu me referenciar à Filosofia Oriental, vou verificar que os mestres de lá nos recomendam deixar que a raiva venha, que o ódio venha, que a mágoa venha. Que estando passando por esses estados, cuide eu de observá-los, tão de perto quanto possível, até que eles se desvaneçam e se tornem imperceptíveis, e assim voltamos ao estado de equilíbrio. Só que com esses exercícios eu aprendo a ver o mal que esses estados me fazem e pouco a pouco vou evitando passar por eles e com o tempo a vencê-los, mesmo antes que apareçam.
Sabemos depois de Freud, que quem realmente nos governa é o Inconsciente, a partir do que nele foi originalmente depositado (antes de nascermos), e depois ao longo de toda a nossa existência, por nós mesmos. Esse poderoso agente pode, em circunstâncias várias ser nosso amigo ou inimigo. É bom que todos saibam que, todos os nossos pensamentos, palavras e obras, ficam gravados em nosso inconsciente, como se fosse o HD de um computador. Daí que muitas de nossas ações, na prática, são automatizadas.
Coincidentemente, Jesus, o Cristo, em uma de suas citações bíblicas (não referencio agora porque não me lembro) diz: “Vós sereis julgados por vossos pensamentos, palavras e obras”. Ora fica claro a partir de então que o exercício de nosso controle cotidiano com referência às nossas emoções, é de suma importância tanto para nossa saúde psíquica, quanto física.
Na medida em que encaminho ao Inconsciente uma forma de ser, ele, obedientemente grava para futuras referências. Quando elas se tornam freqüentes ou de longa duração são automatizadas.
Na Escola Estóica de Marco Aurélio, aprendia-se a respeitar o destino, a dor e o prazer. Aprendia-se a respeitar o destino porque revoltar-se contra ele provoca todo tipo de dor e desamparo. Para os Estóicos, o destino é soberano e temos que sorvê-lo, gota a gota.
No nosso dia a dia, também enfrentamos condições que não podemos mudar. E agora, que fazer? Lutar com elas ou deixá-las passar? O certo é que elas nos deixam desalentados por não possuirmos conhecimentos suficientes para lidar com elas. Vem em seguida o desalento, depois a depressão e depois, conforme o caso, muita tristeza e sensação de fracasso.
Não abriguemos tais desalentos, recobremos nossa serenidade rapidamente, quanto possível, na certeza de que o destino nos prova a cada instante. Curiosamente, na medida em que volvemos à harmonia perdida, condicionamos nosso inconsciente a não perder tempo com os desajustes da vida, proporcionando assim, um maior tempo harmoniosamente vivido e vamos notar também que, na medida em que mais e mais tempo vivemos em harmonia, menos desalentos acontecem e curiosamente, que, os problemas que ativaram nossos desajustes são resolvidos como por encanto, sem nossa ação consciente.
Portanto, a harmonia cotidiana em todos os minutos de nossa vida nos garante saúde e vitalidade.

(Eu pensando em que viver também é uma ciência)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

MENSAGEM DAS 2ªAS FEIRAS

RUMINAÇÕES


Sou um ruminante. As pessoas que me conhecem e estão mais perto de mim sabem que sou um ruminante. Como amigo do saber (tradução de filósofo), não posso aceitar pacificamente as coisas erradas que cotidianamente nos acontece ver nas ações humanas (principalmente dos políticos e governantes), muito embora de qualquer forma me sejam postas guela abaixo, sem que eu possa individualmente reagir, mas calar nunca.
Volto nessa mensagem ao fato recentemente acontecido da votação da Lei da Ficha Limpa (coisa de que o brasileiro já se esqueceu) para fazer uma análise inquietante e que julgo de importância crucial para o futuro deste país.
Não sou e jamais seria contra essa lei se ela atendesse à época ao que determina a Constituição Federal. Mas ela a feriu mesmo antes de ser promulgada, quando votada por um Congresso inepto e que não sabe, via de regra, o que está fazendo, pois cada um de seus integrantes só está lá para trabalhar para seus próprios interesses. Errou o iluminado governante da nação à época ao promulgá-la, o que gerou toda uma discussão que só teve o mérito de nos mostrar como alguns de nossos juristas detentores de altos cargos da Magistratura são também ineptos e não deveriam estar onde estão.
Se a constituição é a lei maior, jamais poderia haver qualquer discussão quanto ao seu cumprimento. Deveria ser pacífico o entendimento de que tal lei não poderia vigorar à força, como na realidade queriam os mais interessados.
Já è época, o Ministro do STF Gilmar Mendes assim se referia, entre outros ditos: “O ministro Gilmar Mendes foi o autor do voto mais crítico à aplicação da Lei da Ficha Limpa este ano. Ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro disse que a Lei é "casuística" e que foi aprovada para "vencer eleição no tapetão".
Muito bem! Ainda existia alguém enxergando as coisas da forma correta. Mas o que é que na verdade aconteceu? Não tínhamos um ministro para desempate e a lei venceu temporariamente com prejuízo inequívo para alguns candidatos já em disputa, com o favorecimento a outros que de larga experiência sabíamos que não seriam vencedores, e foram.
Agora, com a nomeação do 11º Ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux,
finalmente tivemos o desfecho que era necessário ter tido em 2010.
Bom, mas porque estou falando isso. Vejamos:
Como bons cidadãos desta pátria, devemos saber que o Supremo Tribunal Federal é o guardião da Constituição. Mas desta vez ele não foi e isso é muito grave. Agora, ruminando, o que na verdade aconteceu.
Ruminando. Ou os Ministros que votaram a favor da vigência da lei em desrespeito à Constituição e, nesse caso foram incompetentes para estarem ali como figuras respeitáveis na decisão de algo tão importante, ou serviram de escudo escuso de uma ação política, como pode bem refletir as palavras do Ministro Gilberto Mendes.
Ora, é voz corrente por aí que vivemos numa democracia, mas esse é um ato muito comum nas ditaduras e foi como ditadura que o governo agiu. Na realidade os políticos do PT (governo incluso) nunca se disseram democratas mas, sim socialistas, contrariando por suposto uma Cláusula Pétrea da Constituição que reza que o regime do país não poderá mudar constitucionalmente.
Ora, se um povo despreparado como o nosso aplaudiu a vigência da Lei da Ficha Limpa nas eleições passadas, é porque ele é na sua grande maioria, um analfabeto jurídico, quando não analfabeto, na crueza do termo, ou analfabeto funcional. Mas sua alegria era inconstitucional.
O perigo em tudo isso fica por conta de que no futuro esse mesmo STF, secundado pelo STE e adjacências (no caso atual), resolve que outros fatos ainda mais importantes e que digam respeito à vida cotidiana do povo, sejam em sua ótica, verdades incontestáveis, mesmo ferindo o texto constitucional, numa atitude ditatorial (como foi essa), sem que nós, povo, possamos reagir de alguma forma.
Num país em que a competência é punida (vide caso da Vale do Rio Doce), que podemos esperar se o caso comentado servir no futuro, de um exemplo a ser novamente aplaudido?
Ainda não aprendemos o que significa DEMOCRACIA. Lamentavelmente, esse é hoje, um termo usado como escudo para ações sorrateiras e que infelizmente, quando a Revista Veja não consegue a tempo revelar, só vamos descobrir daqui a 20 ou trinta anos.
Se Deus é brasileiro como diz a blague, ele tem cochilado e muito e aí que Satanás nos acuda.

(Eu tendo que ser herege à vista de alguns, para reforçar o que precisa ser conscientizado).

segunda-feira, 4 de abril de 2011

MENSAGEM DAS 2ªAS FEIRAS

OS ANTIGOS SABIAM MAIS DO QUE NÓS – Parte II


Além de estar a Grande Pirâmide no centro geodésico da terra, a mesma encontra-se orientada para os pontos cardeais do planeta. É o verdadeiro divisor de terras e águas, pois, o Meridiano de Greenwich pelo qual nos orientamos na questão dos fusos horários foi arbitrariamente atribuído pela ciência da época, que nada sabia sobre a Grande Pirâmide. Isso nos leva também a atinar com o fato de que esses dados nos levam a crer que os egípcios sabiam que a terra não era plana e sim ovalada e que existiam outras terras e outros mares.
Vimos na primeira parte que a Grande Pirâmide é um monumento estupendo. Agora pasmem vocês. Lembremo-nos de que o povo egípcio antigo tinha o Sol como representante do Deus único na terra. E o que tem a Grande Pirâmide com isso? Vejamos, hoje ela mede 149 (cento e quarenta e nove metros de altura), pois havia um grande cristal acima, completando seu vértice, o que lhe dá na realidade 150 (cento e cinqüenta) metros de altura.
Sabendo que os Altos Iniciados na ciência hermética daquele tempo sabiam mais do que nós hoje, vamos verificar por comparação, que da Terra ao Sol, temos 150 (cento e cinqüenta milhões) de quilômetros. Esse cálculo astronômico é moderno. Data dos primórdios do avanço da ciência no século XX. E agora, vamos considerar simples coincidência?
Há muito mais coisas de que não vamos poder tratar aqui, pois não estamos escrevendo um livro. Mas é preciso saber que o local dessas construções chamado Vale dos Reis, tem todas as suas construções simetricamente orientadas para certas constelações astrais como forma de demonstrar conhecimentos ocultos que só os iniciados podiam acessar.
Os primeiros pesquisadores da Grande Pirâmide, foram surpreendidos pelo fato de que em seu interior a temperatura é amena em todos os locais onde puderam chegar e que o ar transita por todos os locais como se fora uma central de ar condicionado. Uma engenharia de outro mundo. Hoje nossos edifícios são poluídos de ar condicionado por todo lado, pois nossa engenharia não conhece um sistema de circulação livre do ar, capaz de permitir uma temperatura estável e suportável em seus ambientes.
Verificaram também, que a sua estrutura interna preserva de odores odientos os animais que morrem lá dentro e em conseqüência mumificando-os automaticamente. Pesquisadores modernos das décadas de 70 e 80 do século passado, fizeram várias experiências com a pirâmide, com o fim de descobrir outros de seus segredos. Por exemplo: se você construir uma pequena pirâmide que seja a réplica proporcional da Grande Pirâmide, (pode ser apenas os quatro lados de alumínio com a base do mesmo material) e você pode ter algumas surpresas; a) plante em sua horta no mesmo dia, hora e solo da mesma espécie vários pés de feijão. Coloque ao lado dessa plantação uma pirâmide com feijão plantado em base. Verifique a progressão do nascimento dos feijões e você verificará que o feijão plantado debaixo da pirâmide vai evoluir e dar feijão na metade do tempo dos outros feijões: b) mate um animal qualquer, de preferência um que você sabe que vai feder bastante durante sua decomposição e coloque-o debaixo de sua pequena pirâmide. O que vai acontecer é que o tal animal não vai exalar nenhum cheiro e além disso vai secar e se tornar mumificado normalmente. C) Coloque uma gillete (daquelas antigas que hoje só os barbeiros usam para fazer a barca dos clientes), já bem usada debaixo da sua pirâmide e verificará que em pouco tempo, (média de 7 dias) ela estará totalmente restaurada. No tempo das primeiras experiências quando ainda se usava filme em máquina fotográfica, verificou-se que depois de usado, esse filme colocado debaixo da pequena pirâmide, estaria totalmente restaurado em 49 dias e pronto para ser novamente utilizado.
Verdade, mentira? Qualquer verdade que se possa tentar transmitir só poderá ser factualmente comprovada pela própria pessoa. Quer saber mesmo, tente!
Vou lhes contar agora uma história verdadeira, ela envolve a construção de uma pirâmide para servir de central tecnológica para a CEB-Companhia de Eletricidade de Brasília. Abaixo uma vista da construção referida.




Como vocês pode ver, essa construção tem dimensões compatíveis com as que foram construídas no antigo Egito. Pois bem, tal construção (que assisti passo a passo, pois a mesma fica no lado oposto da avenida onde eu trabalhava na época), teria que abrigar a central de computação da companhia.
Pois bem, para lá foram levados ditos computadores, daquele tipo antigo da IBM, grandes, pesados e difíceis de fixar. Local: térreo. Feitas todas as ligações e vistoriadas pelos competentes engenheiros, os computadores se recusaram a funcionar. Muda de lugar e nada. Outra vez e nada. Mais uma vez e já cançados os engenheiros jogaram a toalha e resolveram chamar um técnico diretamente da fábrica.
Sabichão, pernóstico como todo técnico norte americano, também nada conseguiu e luta continuava sem sucesso. Lá pelas tantas, um funcionário de categoria intermediária, achegou-se junto ao diretor daquela área da companhia e lhe disse no ouvido: chama alguém entendido em egiptologia que ele rapidamente faz funcionar esse computador.
O tal diretor, já desesperado, sorrateiramente começou a procurar o tal egiptologista, e não conhecendo nenhum, foi inteligente o suficiente para achar uma pessoa ligada a alguma Ordem Esotérica (daquelas que pululam aqui até os dias de hoje) que lhe forneceu algumas indicações que pudessem dar um resultado positivo.
Achado o tal egiptologista, o mesmo foi convencido a ir até a pirâmide da CEB para examinar a questão. Chegando lá, em primeiro lugar ele não ligou nadinha para o computador. Pediu as plantas de construção da pirâmide, fez alguns esboços, marcou onde estavam os computadores naquele esboço e disse: de fácil solução. Todos ficaram boquiabertos.
Daí ele mandou que posicionassem os computadores numa determinada área da pirâmide, exatamente na perpendicular da Câmara do Rei da Grande Pirâmide do Egito, no que foi imediatamente obedecido. Lá colocado mandou ligar e, EUREKA, a grande luz brilhou, e todos ficaram felizes para sempre. Esses computadores nunca deram defeito.
(segue na próxima semana)

segunda-feira, 28 de março de 2011

MENSAGEM DAS 2ªS FEIRAS

OS ANTIGOS SABIAM MAIS DO QUE NÓS – Parte I

Pequena Introdução

A série de artigos que se inicia hoje, teve seu projeto formulado ha uns 2 (dois) anos atrás. É o seguinte: minha filha mais nova, Larissa, de profissão e atuação Arquiteta, me pediu para ler alguns livros sobre as civilizações antigas.
Satisfazendo seu desejo, coloquei em suas mãos alguns livros que lhe pudessem dar um panorama de quem eram os primeiros construtores e civilizadores do nosso planeta. Lido o segundo livro um dia ela me perguntou: pai porque o homem e toda a nossa civilização emburreceu tanto desde os tempos antigos até a nossa época? Respondi sem titubear: porque o ser humano vem paulatinamente se esquecendo das coisas sagradas. Aí ela me perguntou: como? E tudo que vem daqui para frente serve de resposta a qualquer questionamento nesse nível.


Até então, no Egito Antigo...


Prometo que por “antigos” não vou falar de povos anteriores aos Egípcios, construtores das Pirâmides e de seu vasto império de sabedoria. Lá pelos 1.400 (hum mil e quatrocentos anos) a.C., já uma civilização preponderava em conhecimento e sabedoria. Ao longo desse artigo, meus leitores acabarão descobrindo o verdadeiro significado de conhecimento e de sabedoria.
Todos nós nos lembramos da civilização egípcia por suas mega-construções: pirâmides, obeliscos, corredores de imagens, uso racional e proveitoso do rio Nilo, com suas cheias e vazões. Mas ninguém até hoje, que eu saiba, ninguém conseguiu desvendar o segredo de suas grandes construções de uma maneira cabal. Há muitas histórias, suposições e hipóteses que a meu ver nenhuma é conclusiva e sequer beirando a verdade.
O primeiro dos grandes enigmas com que nos defrontamos ao pesquisar aquele povo estranho e sábio é saber primeiro de onde vieram. O segundo é de que instâncias aprenderam tanto sobre construções, astronomia, astrologia, engenharia e esoterismo.
Para começo de conversa não tinham nenhum traço comum com os povos circundantes. Núbios, tinham tez escura, narizes aquilinos, testa média e lábios anormalmente normais para os povos daquelas cercanias. Possuíam uma escrita tríplice, ou seja, uma de conteúdo esotérico, outra de conteúdo científico e mais uma de conteúdo comum ou popular, segundo ficou evidenciado pela tradução da pedra de Roseta por Champonlion, ainda no século XIX,
Suas construções eram realmente faraônicas. Tanto em beleza, como em enigmas tais sua engenharia. As pirâmides eram armadas pedra sobre pedra, pesando cada uma 20 (vinte) toneladas, sobre uma argamassa base, que permitia a dilatação das mesmas numa diferença de 50º graus durante o dia, para 20º graus abaixo, durante a noite.
Mas onde estavam essas pedras tão bem trabalhadas e esmerilhadas, capazes de sustentar tais colossos?
Sabe-se historicamente que num raio de 2.000 (dois mil) quilômetros do local onde foram erguidas suas mega-construções não havia nenhuma pedreira. Resta, portanto, indagar: onde estavam essas pedreiras, como as pedras foram transportadas e trabalhadas na forma de um retângulo perfeito, com arestas perfeitamente alinhadas, permitindo assim o assentamento das construções. Além do mais, a altura que essas construções atingiram impressiona a qualquer um.
Quem se arriscaria a uma resposta sensata? Se você se considera sensato(a), responderá apenas que nada sabe a respeito, pois os egípcios não deixaram nada escrito que nos pudesse guiar para um saber efetivo.
Mas alguns fatos foram cientificamente descobertos. Primeiro: essas mega-construções estão no centro geodésico da terra, dividindo-a num efetivo meridiano. Estão posicionadas de acordo com algumas constelações estelares e marcam a direção do sol de leste para oeste.
Quando isolamos apenas uma de suas construções, a Grande Pirâmide, dela ressalta alguns dados. Sua quadratura de base, medida em côvados sagrados, que era a medida matemática deles à época, gerou para a matemática moderna, o famoso PI ou seja a medida de 3,141516.... usada hoje nos cálculos mais sofisticados. Tinham perfeito conhecimento do uso do vidro, pois relatos de viajantes da época nos informam que a Grande Pirâmide era toda espelhada e podia ser vista a 80 (oitenta) quilômetros de distância com o reflexo do sol.
Sabe-se que os egípcios “adoravam” o sol. Hoje sabe-se que essa adoração não era religiosa e sim cientifica porque eles sabiam que a energia solar, criava e mantinha a vida na terra. Isso é tanto verdade, que foi o Faraó Amenotep IV(ou Amenófis) da XVIII dinastia, (cerca de 1.350 anos a.C.), quem primeiro declarou e deixou escrito, que só existia um único Deus chamando-o de Amon-Ra. Portanto, temos que acabar com a falácia que os egípcios, pelo menos dessa época em diante fossem politeístas. Ademais o próprio faraó, à época fora admoestado pelos sacerdotes que não concordando com a sua declaração, iniciaram uma campanha contra ele. Isso nos leva, a saber, (por outros meios não aqui relatados) de que a nata da sociedade egípcia, formada pelos altos iniciados no esoterismo vigente já sabiam disso.
Por isso mesmo, ele resolveu mudar a capital do Egito de Tebas para Tell el Amarna, uma cidade que mandou construir no delta do Rio Nilo, e que por incrível que pareça tem uma arquitetura muito semelhante a de Brasília, o que levou os espíritas a denominar Juscelino Kubtischek como se fora uma reencarnação do dito Faraó. Mesmo assim, esses sacerdotes o alcançaram na nova capital, onde foi assassinado por eles.
Em 1982, o jornal americano New York Times fez uma enquête entre as maiores construtoras dos Estados Unidos, fazendo-lhes a seguinte pergunta: alguma de vocês tem hoje capacidade para reproduzir a Grande Pirâmide do Egito nos mesmos moldes, tamanho, as mesmas pedras com suas respectivas tonelagens e demais configurações? A resposta não demorou, pois as empresas que presumivelmente possuíam mais tecnologia de construções disseram que se lhes dessem 10 (dez) anos de prazo para modernização e criação de máquinas especiais, talvez elas conseguissem se sair bem nessa tarefa.
Acho que ainda hoje elas não possuem o que nunca tiveram. Não só tecnologia, mas, sobretudo conhecimento da Arquitetura Sagrada, que pudesse permitir a reprodução de obras de tamanho vulto.

(fim da primeira parte, segue na próxima semana).

segunda-feira, 21 de março de 2011

MENSAGENS DAS 2ªS FEIRAS

PROIBIÇÕES E TABÚS III

Finalizando o comentário sobre o presente à luz do passado

Ultima parte

Hoje o filho não precisa mais provar que é machão, pode ser até gay que será livremente aceito na família e na sociedade e passível de punição a discriminação de gays, lésbicas e simpatizantes. Nossas ruas ficam apinhadas deles durante as famosas paradas gays. Interpreto isso, ou seja, a aceitação desses padrões de comportamento como um avanço. Afinal de contas, ninguém até hoje provou a origem dessas formas de viver e temos que considerar também quais os tipos de compulsões a que são submetidos esses cidadãos para agirem tão abertamente como agem. Seria legal deixar que vivam suas vidas como o desejarem. Afinal de contas não estão prejudicando ninguém.
Isso é o que mais se lastima na vida das pessoas. Elas eram submetidas a situações que não foram conscientemente criadas por elas. As leis sempre foram falhas no Brasil. E o fato de a Igreja Católica ter sido sempre contra a Lei do Divórcio é uma nódoa que ainda não se apagou, pelo menos em minha mente. E tenho razões pessoais de sobra para pensar assim. Felizmente, um dia apareceram homens que resolveram enfim enfrentar o problema e sancioná-lo de uma vez por todas. A evolução da Lei do Divórcio até agora tem sido exemplar no atendimento das necessidades sociais.
A famosa alcunha de titia (mulheres que depois de certa idade não se casavam) felizmente deixou de existir. Não considero que o casamento atende ao pleito de felicidade para todas as pessoas. Todos somos diferentes, se não fosse assim nossas digitais poderiam ser duplicadas (até hoje não foi encontrada nenhuma digital igual a outra). Que vivam felizes para sempre as mulheres que escolheram ter uma vida livre.
Uma mocinha grávida estemporaneamente gerava um tumulto de graves proporções, até que o casamento ser efetivado nem que fosse para dar satisfação à sociedade e à Igreja.
Hoje elas continuam suas vidas na casa dos pais (antigamente ainda eram expulsas da família e em geral se tornavam prostitutas) Agora contam com vovôs e vovós para ajudar a cuidar. Em certas circunstâncias todos concordam em que o casamento entre esses pais não deve ser efetivado a não ser que os próprios agentes o desejem. Há varias situações que derivam desse ato que não merecem ser explicitadas aqui.
Se as religiões tinham muita força no passado, no presente sua influência é discutível. Até a Maçonaria sofreu mutações que colocam em cheque a necessidade de sua existência hoje. Conheço famílias que se distribuem por vários troncos religiosos, uns, é bem verdade, criando conflitos mútuos e outros nem tanto, vivendo cada um a sua crença sem maiores problemas. Isso foi uma exigência da liberdade individual. Antigamente as pessoas eram muito presas a preconceitos e tabus, como diz o título deste trabalho. Há hoje pessoas pertencentes a determinados grupos religiosos que estão se afastando de suas regras e dogmas, somente por conta da liberdade sexual não consentida nessas arenas. Igualmente estão se formando outros grupos religiosos com nomenclaturas modernas cujo fito é arregimentar esse grupo desertor e tem dado certo. Afinal, de quem Deus é patrimônio? Hoje já há até discussões sobre a existência ou não do Jesus histórico e bíblico. Num mundo intelectualizado como esse podemos esperar de tudo.
O caso daquele prefeito que optou por mudar de religião para ser eleito é paradigmático em nossa cultura. Na realidade, ainda hoje, quem não se aproxima da Igreja Católica, em certas circunstâncias corre o risco de não ser eleito. Temos visto esse exemplo ao longo de nossa história moderna. Ateus que são vistos nas missas em épocas de eleição, não são imagens invulgares em nossa terra.
Apoio sempre a mudança de costumes sociais com vistas a erradicar preconceitos e tabus. As mulheres de nosso país hoje em dia, exibem os menores biquínis do mundo. Claro há 50, 40 e mesmo 30 anos atrás isso não era aceito. Vejamos o caso da Leila Diniz, tão notório que deixo de comentar mais detalhadamente.
A nudez a meu ver, nunca será castigada. Paráfrase de um filme brasileiro “Toda a nudez será castigada”. (A atriz desse filme, depois de tanto se desnudar e fazer cenas que à época eram condenáveis resolveu tornar-se Evangélica). Complexo de culpa? Talvez a psicanálise explique. A nudez feminina em si é bela. O uso que se faz dela é que pode às vezes nos surpreender. A mulher hoje se desnuda com facilidade e sem ares de pudor até se diverte com isso. Progresso? Não sei. E você sabe?
Começar a trabalhar cedo na vida, nunca matou ninguém, só disciplinou e ensinou os usos mais nobres e úteis do trabalho. Nunca impediu ninguém de se aprimorar, estudar e atingir altos graus acadêmicos. Eu sou um exemplo disso e quando vejo pessoas precisando disso e não podendo por lei fazê-lo acho que se incorre em grave erro social. Talvez seja por isso que uma parte dos habitantes de uma Febem, um Caje e mesmo uma penitenciária, foram parar lá por falta dessa atividade altamente civilizadora.
O que aconteceu em todo o mundo nos anos 60, influenciou tanto, que conseguiu mudar todos os costumes de vários povos. Rock and roll, para o mundo ocidental, principalmente países periféricos dos Estados Unidos como o Brasil, a jovem guarda que até hoje é hora e outra relembrada, a pílula anticoncepcional, a tão discutida “revolução” militar no Brasil, os hippies e o movimento de Worldstock também nos Estados Unidos, a rebelião de maio de 68 na França, perpetrada pelos estudantes e mais alguns que não vale a pena destacar.
Quer queiramos ou não, somos socialmente, o produto de tudo isso. O que dessas influências podemos tirar partido para construir um país melhor? Temos a maior cultura popular do mundo. Não existe nenhum país, onde os cultos convivem lado a lado, onde um religioso freqüenta a sua igreja de origem, mas vai também a cultos de umbanda e candomblé sem nenhuma culpa. Mas somos um país sem cultura acadêmica em massa crítica (de boa qualidade), assim como não somos uma país civilizado.
Quando um idoso morre na porta de um hospital sem atendimento, uma criança morre por ineficiência da enfermagem, onde vez por outra descobre-se falsos médicos, onde a educação é uma porcaria, a segurança extremamente falha, onde não há respeito mútuo, onde a lei só pune os pequenos e deserdados da sorte, onde graça a corrupção política e administrativa, não sabemos por onde vamos.
Até então, as doenças físicas e psíquicas de homens e mulheres eram diferentes, pois as atividades de cada um eram bem precisas e balizadas. Hoje, devidamente inseridas no mercado de trabalho, correndo de um lado para outro, fumando e bebendo como os homens, as mulheres acabaram herdando as mesmas doenças que, antigamente só eram observadas em homens.
Resta-nos pensar quais novas trilhas abrir para atingirmos uma vida social, coletiva e particular para vivermos com a esperança de sermos verdadeiramente felizes e enfim, poder amar o país em que nascemos.
(Eu todo esse tempo pensando em que, se avaliamos paulatinamente e diariamente nossa vida temos a capacidade e pensar melhor e fazer menos besteira)
(Eu todo esse tempo pensando em que, se avaliamos paulatinamente e diariamente nossa vida temos a capacidade e pensar melhor e fazer menos besteira)


(Fim deste artigo)

segunda-feira, 14 de março de 2011

MENSAGEM DAS 2ªS FEIRAS

PROIBIÇÕES E TABUS II

Parte II
Ainda comentando o presente à luz do passado

No começo da parte I deste artigo, levo em consideração o tempo por uma razão muito simples. As pessoas vivem suas vidas sem pensar que o tempo vai passar e as coisas vão mudar, às vezes drasticamente. Temos mania de passar pela vida sem analisá-la convenientemente. Foi Sócrates que pela primeira vez disse: “A vida não analisada não merece ser vivida”. Eu concordo com ele. Portanto, estou sempre tentando entender o que está se passando.
Ora, não tínhamos a infinidade de tecnologia que temos hoje, no entanto, será que vivemos tão bem? Seria realmente necessário dependermos dessa parafernália que usamos hoje? Às vezes tenho até raiva por ter que depender do celular, por exemplo. Ele me interrompe quando menos espero e em qualquer lugar. Se eu não atendo, é possível que do outro lado da linha alguém possa estar pensando que eu o estou desprezando. Não atendo celular quando estou dirigindo e não atendo quando estou atuando em análises.
O computador tornou meus dias mais iguais. De certa forma, todos nos tornamos um pouco escravos dele. Tem memória para guardar tudo, posso me comunicar com quem quiser sem depender de distâncias ou horários, mas hoje, não posso mais passar sem ele. Tenho até um horário específico para usá-lo, pois quem não tem e o usa indiscriminadamente por horas a fio, como certa classe de jovens, acabam ficando doentes. Já tratei de um maníaco por internet. E nós sabemos que esse fantástico aparelho não possui nem conhecimento, nem sabedoria. Ele apenas possui informações e na sua maioria, informações de má qualidade. Conhecimento é produto de raciocínio e reflexão e sabedoria é a aplicação dos dois.
O telefone é útil, mas poucos o sabem usar, principalmente as mulheres que ficam falando de tudo por horas a fio. Rádio ninguém mais ouve, foi substituído pelo MP3,4, etc., somente para ouvir musicas selecionadas.
A televisão é a porcaria mais sofisticada que já vi. A cada ano saem modelos os mais tecnologicamente fabricados. Há hoje um consumismo desses aparelhos. A minha televisão, por exemplo, é uma LG – Slin, tubo grande, 29 polegadas de tela plana, uma imagem impecável que eu resistirei trocar até que não funcione mais e eu seja por questões de mercado obrigado a comprar uma nova desses modelos que estão saindo hoje. Ela me satisfaz plenamente nos poucos momentos em que a uso, apenas para aprender alguma coisa.
Sim, as famílias além de terem privacidade, tinham disciplina. Sem disciplina não se forma um verdadeiro ser humano. Hoje os filhos mandam nos pais exigindo-lhes até o que não podem fornecer.
Hoje os filhos não só participam da conversa dos adultos, como se tornam o elemento principal dela. Ainda penso que conversa de adultos é para adultos. Crianças devem viver o seu próprio período no lazer da vida. Mas hoje elas têm até celular! Brincam no computador dos pais. Hoje as crianças e os adolescentes não estão nem aí para os mais velhos, mas exigem toda a atenção para eles. Não deviam ser educados de maneira diferente?
Vizinho hoje, seja residindo em apartamento ou casa é sempre sinal de problema. Cada um tem uma educação diferente. Hoje as crianças e os jovens são criados sem o cuidado com o respeito aos outros e quando são chamados a atenção por isso, geralmente ficam ofendidos. Os próprios vizinhos acham que podem fazer o que quiserem em suas quatro paredes. Os carros que transitam em nossas portas geralmente provocam barulhos intensos. Onde eu moro os carros com sons estridentes são comuns a qualquer hora do dia ou da noite. Só posso desejar que todos fiquem surdos no futuro para assim valorizarem o silêncio ambiente. Não existem mais festas sociais que agregam as famílias, além daqueles que dizem respeito ao aniversário de crianças. Nem os adultos primam por familiares em suas festas. O uso dos balões hoje em dia foi vetado a bem da comunidade e as festas de São João são comumente usadas como arrecadação de fundos para Igrejas, Colégios e associações de toda ordem. Acabou o São João familiar.
Sim, os brinquedos eram fabricados pelos que os usavam. Vejam o vídeo que eu mandei em conexão com a primeira parte desta mensagem. Pura demonstração de criatividade. E mais, tinham tempo e liberdade para brincar. E hoje? Escola de manhã, inglês à tarde, depois computação e se sobrar um tempo, televisão. O mundo se tornou tão competitivo que as pessoas esqueceram de viver a vida para atender a prontidão de um futuro incerto.
Hoje as frutas não são de época. A tecnologia do agro-negócio consegue produzir qualquer fruta o ano inteiro. Algumas por causa disso até perdem o sabor original. Era muito gostoso saborear a fruto logo que colhido no pé, na época própria.
A escola, ao longo do tempo, sofreu grandes modificações por conta de teorias, principalmente vindas de fora do país. Hoje um aluno leva de quatro a oito anos para estar totalmente alfabetizado. Hoje, por causa disso, temos analfabetos funcionais, independentemente do grau acadêmico atingido. A vida escolar era levada muito mais a sério, por incrível que possa parecer. A família participava de todos os movimentos dos filhos nas escolas. A vocação nascia cedo e o aluno geralmente sabia o que ia ser quando crescer. Hoje na época do vestibular (temos o Enem, o Pas e próprio vestibular) e não é incomum o indivíduo escolher um curso diferente para cada um, ou seja, geralmente não tem um ideal vocacional a cumprir na vida. Tenho exemplos reais disso.
As mulheres não fumavam naquela época porque ser mulher naquela instância da vida era ser diferente. Toda mulher tinha que ter certo comportamento social para ser aceita. Nesse caso, acho que aquela época era de uma tremenda repressão feminina. Mas o que veio a acontecer posteriormente, também não pode ser ignorado e nem tão pouco plenamente justificado.
O Fumo não era discriminado como hoje. Hodiernamente o Estado reprime tudo a bem da vida. Querem que o indivíduo não morra, quando se sabe que a hora da morte é de tal forma determinada que ninguém morre fora da hora. Sou contra isso, cada casa deveria, ela sim, determinar se no seu ambiente o fumo é permitido. No local de trabalho acho que o fumo deve ser proibido. Mas processar e ganhar uma ação contra o fabricante do cigarro, acho uma ignorância. Se ele não é proibido de fabricar e o comércio de vender, as consequencias de seu uso deveriam cair no usuário.
O sexo. Como dizia Freud: a coisa mais importante da vida. Para usar livremente o sexo, havia duas opções: a) para a mulher, casar no civil e no religioso, senão não era casamento, ou então se tornar prostituta ou conseguir pular a cerca sem ser descoberta e havia muito disso no passado. Não pensem vocês que toda mulher era “santa”. O sexo é tão imperativo que algumas o usavam como queriam sem serem descobertas. Se fosse, aí delas! b) os homens tinham mais liberdade, no entanto, não deixavam de ser vigiados. Masturbação nem pensar! Havia alertas punitivos a todo o momento, pois a medicina a condenava e a Igreja a execrava e os país seguiam esses padrões.
Como é hoje o sexo? Totalmente sem controle. É comum hoje as filhas avisarem sua mãe ou seus pais quando vão perder a virgindade e com quem. Mulher virgem hoje em dia depois dos 16 (dezesseis) anos é uma excrescência. Até num grupo de meninas elas se declaram iniciadas no sexo, só para não serem tratadas de modo diferente. O sexo livre começou com a pílula que era para a limitação de gestações indesejadas, (sempre condenadas pela Igreja) e largamente aproveitada pela mocidade para suas iniciações secretas aos prazeres orgiáticos. O filho tinha que provar ser “machão” ou seria execrado pelo pai. Era levado sem opção ou escolha ao prostíbulo da cidade (por incrível que pareça, na minha cidade ele se localizava na Rua Santo Antônio, veja que ironia, e desaguava na praça principal, ou seja, o centro da cidade). Moças não transitavam por ela por mais que a curiosidade as acicatassem. As prostitutas não freqüentavam os mesmos logradouros dos habitantes “de bem”, portanto, não havia confrontação. As namoradas sabiam perfeitamente que seus namorados freqüentavam aquele lugar, mas, à luz da realidade, que fazer? Aceitar plenamente a situação.
Hoje todo esse comportamento foi jogado ano lixo. Para que necessitamos de um prostíbulo (apesar de existirem alguns)? O sexo hoje é largamente aceito em toda a nossa sociedade. O governo distribui de graça a camisinha, principalmente na época de certas festas. Veja por exemplo o carnaval. O carnaval mudou tanto que hoje presume-se que seus participantes vão necessariamente copular à vontade, usando a camisinha do governo. Hoje até as mulheres já portam camisinhas em suas bolsas, para evitar esquecimento do “dito cujo”.
Além do mais os BBB televisivos, somados A Malhação, Sexo aberto no GNT e Multishow ainda em horário nobre, são excelentes exemplos para a moçada. Viva o sexo desenfreado!

(Continua na próxima semana)

segunda-feira, 7 de março de 2011

MENSAGEM DAS 2ªS FEIRAS

PROIBIÇÕES E TABUS

Parte I
Relembrando o passado para ordenar o presente e o futuro

Antigamente e quando eu digo antigamente é para trás de pelo menos 50 (cinqüenta) anos, tudo era diferente. Meu exemplo neste artigo se refere a uma realidade verificável para aquela época, numa pequena cidade qualquer do estado mais conservador do país (até hoje), ou seja, as Minas Gerais.
Para começar não tínhamos geladeira, telefone, e outras comodidades de hoje, somente um bom e usado rádio que servia para notícias, ouvir propaganda de tudo que existe hoje na televisão, e também para novelas que ficaram famosas e depois televisadas.
Famílias tinham privacidade, só amigos se visitavam sem aviso prévio, crianças levantavam cedo, arrumavam cada um sua cama na qual não podiam se deitar até à noite, todos tinha deveres com a casa. Na minha de três irmãos à época, por exemplo, a cada semana num rodízio, um encerava a casa com cera e depois o escovão (não existia enceradeira), um lavava a louça do dia e o outro enxugava. Isso era uma rotina para anos a fio.
Quando chegavam visitas as crianças eram proibidas de acompanhar os adultos e nem pensar participar da conversa. Todos os adultos era tratados por senhor ou senhora, os padrinhos e madrinhas eram respeitados como se fossem os pais, os velhos era venerados.
Os vizinhos não faziam barulho de nenhum modo. As ruas também eram via de regra silenciosas, pois, quase não havia automóveis. As festas sociais eram intensamente participadas, ou seja, toda a família unida. Na época de São João havia a indefectível fogueira (quanto maior melhor) e nos céus da cidade pululavam os balões de todos os tamanhos e modelos. Havia peritos em fabricação de balões, que não eram proibidos à época.
Os brinquedos eram fabricados pelas próprias crianças pois não os havia facilmente em lojas da cidade. As brincadeiras também eram de alguma forma inventadas pela criançada (nomenclatura válida até aproximadamente 14 anos).
As frutas produzidas em quintais não eram vendidas. Os vizinhos eram convidados a desfrutá-las quando maduras.
Na escola os professores detinham toda a autoridade secundada pela família. Quando um(a) aluno(a) era punido na escola a punição se repetia em casa. Ou seja, havia uma vigilância dupla escola/família. A escola ensinava e o aluno aprendia. Para se ter uma vaga idéia de como era, ao fim do primeiro ano escolar todos saiam perfeitamente alfabetizados e sabendo todas as quatro operações fundamentais da matemática, inclusive toda a tabuada devidamente decorada. Não havia progressão automática e repetições eram severamente punidas pela família. A boa escola era a pública, a particular era ruim quando existia. Ao fim do 4º ano primário os alunos eram submetidos ao primeiro vestibular acadêmico, o famigerado Exame de Admissão. Quem nela passava, continuava a ter vaga na escola pública, quem era reprovado não tinha mais direito a ensino custeado pelo estado.
As mulheres em quase sua totalidade não fumavam e quando faziam era em segredo ou em grupos.
O sexo era intensamente vigiado tanto pela família, como pela Igreja (seja lá qual for) e pela sociedade. As mocinhas eram intocáveis e os adolescentes homens faziam sua estréia sexual ou com as empregadas domésticas, muito comum na época, ou os próprios pais os levavam aos prostíbulos ou zonas de meretrício para provarem serem machões. E aí do filho que não desse conta do recado!
Não havia divórcio e muito mal o desquite que transformava a mulher numa vagabunda. Mães solteiras quase não existiam e as amasiadas quando tinham filhos, estes eram considerados filhos ilegítimos, pois só o nome da mãe era colocado na certidão de nascimento. Mais tarde, via de regra, todos esses filhos ilegítimos eram de uma forma ou outra perseguidos pela sociedade, principalmente professores mais ortodoxos e conservadores que conheciam a situação.
As moças que não se casassem até por volta de 24 (vinte e quatro) anos transformavam-se em titias e viviam o resto de suas vidas solteiras e se queimando por dentro e por fora.
Uma mocinha grávida estemporaneamente gerava um tumulto de graves proporções, até que o casamento ser efetivado nem que fosse para dar satisfação à sociedade e à Igreja.
Não havia essa coisa de um membro da família pertencer a uma religião diferente. Ninguém gozava dessa liberdade. Todos os membros da família pertenciam e freqüentavam juntos a Igreja e suas ocasionais festas religiosas. As religiões da época, ou seja, catolicismo e protestantismo juntos eram solidários no combate ao espiritismo e a Igreja Católica até onde eu sei sempre combateu a Maçonaria.
Na minha cidade, por exemplo, um católico deveria evitar de passar em frente da igreja protestante no passeio em frente. Era orientado a atravessar a rua, margear o passeio oposto e depois se quisesse poderia voltar para o outro lado da rua. Da mesma maneira deveria proceder com respeito ao Centro Espírita e à Loja Maçônica.
Houve até um fato curioso. Um protestante da cidade, querendo ser prefeito e sabendo que, como protestante, não conseguiria se eleger, resolveu abjurar sua religião e se converter ao catolicismo. Isso com tempo suficiente para que toda a cidade ficasse sabendo de seu ato.
Poucos anos depois ele foi efetivamente eleito a prefeito e como bom católico (convertido) teve uma ampla votação. Foi um bom prefeito. Mas quando ele passou o cargo para o próximo (naquela época não havia reeleição) ele imediatamente voltou à sua Igreja original. Só então os cidadãos da cidade perceberam que foram enganados. Não tenham dúvida, essa é uma história verídica.
A primeira e corajosa moça que resolveu um dia pular na piscina com um maiô de duas peças, foi imediatamente retirada da área de esportes da cidade. Anos ainda foram transcorridos sem que isso fosse permitido.
Os meninos começavam a trabalhar cedo. Eu mesmo comecei aos 11 (anos) e hoje com quase 72 (setenta e dois) anos ainda não parei. Trabalho não adoece, não mata e é até onde eu sei o melhor educador do caráter do homem. Erra o Estado de hoje proibi-lo.
Algumas novidades então, começaram a aparecer. Por exemplo: o Rock and roll, nova forma de dançar inteiramente diferente do até então vivido pela mocidade. Entra em cena a pílula anticoncepcional que tanta dor de cabeça deu aos pais das mocinhas mais travessas, aparece o movimento da jovem guarda com Roberto Carlos e companhia, os “hippies” e sua contracultura.
Até então, as doenças físicas e psíquicas de homens e mulheres eram diferentes, pois as atividades de cada um eram bem precisas e balizadas.

(Este artigo terá continuação na próxima semana)

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

MENSAGENS DAS 2ªS FEIRAS

VERDADE


O que é a verdade?
Alguma vez em sua vida tal pensamento povoou o seu ser, abarcando-o numa avalanche de conjecturas secundárias?
Como seres humanos ou aprendizes de existência, todos devemos nos preocupar em saber a verdade para vivê-la integralmente, para que a vida possa ser vivida também integralmente.
Quando em nossa existência nos vem os primeiros lampejos de pesquisa metafísica, naturalmente existirão um se número de inquirições aparentemente sem respostas, assim como insondáveis inquietações.
A princípio, o mundo nos parece um tirânico Caos, pois, suas leis não só não são apreensíveis com facilidade, como crença e ciência não atingiram ainda o âmago da credibilidade sem fé.
No entanto, quando conseguimos nos aprofundar nas leis do caos, ordenando-o em estruturas compreensíveis, vemos que nessas leis podemos aprender as leis da harmonia quer no sentido metafísico do termo ou no sentido propriamente científico.
Entretanto, não é num abrir e fechar de olhos que completamos o jogo. São necessários anos a fio de estudo paciente e diligente, para que talvez, no fim de uma longa existência, podermos vislumbrar algo que se oculta atrás de muitos véus que protegem a verdade.
Lançando mão de uma das escrituras mais antigas que conhecemos, a Bíblia, de lá destacamos a seguinte exortação de Jesus: “Conhecereis a verdade de ela vos libertará”.
E a seguir, podemos dizer também que a verdade liberta, mas também compromete. Expliquemos:
O conhecimento amplia a visão humana, proporcionando ao ser a possibilidade de vislumbrar além das aparências e limitações próprias e naturais, metamorfoseando o conteúdo da mente, libertando-a em conseqüência, dos tabus, recalques, complexos e outros conjuntos psicológicos negativos e afins.
O saber compromete porque impõe ao homem, a sua cota parte de responsabilidade, por ser dessa hora em diante, ele, um ser criativo, portanto responsável por coisas e situações que poderá manifestar à sua inteira vontade, com o risco do pagamento de um alto tributo.
Torna-se assim, o artífice de seu próprio universo interior e um ambulante conjunto de influências que pode transferir a outros seres que poderão seguí-lo e de quem poderão usufruir forças para continuar a jornada da vida.
Infere-se daí, que, ainda no estágio de evolução em que nos encontramos, não poder existir uma verdade universal explícita, porque a maioria das mentes encarnadas atualmente em nosso planeta (com ênfase no mundo ocidental), não têm condições de acompanhar o raciocínio dos mais avançados quer em mística, quer em ciência, ou seja daqueles que atingiram altos graus de percepção.
Infelizmente, ainda, a verdade tem de ser procurada e encontrada pelo indivíduo isoladamente, em que pese existirem hoje, como sempre, organizações filosóficas cuja função é reunir os postulantes à verdade, para uma busca efetiva e planejada.
A busca de verdade que liberta exige tenacidade, trabalho duro e paciência ilimitada, pois aqueles que a possuem não a distribuem aleatoriamente, e por mais que possa ser duro, somente àqueles que provaram merecer.
Para a apreensão das leis cósmicas que constituem as verdades reais, é antes de tudo, necessário ser moral e ético, de uma forma mais espiritual que social e virtuoso no sentido dos sentimentos reais.
De posse dos cânones da verdade, o indivíduo perde sua rotineira e comum liberdade, pois de agora em diante está eternamente comprometido a comportamentos, atitudes e pensamentos corretos. Ao longo da leitura do Novo Testamento Bíblico, podemos inferir que nós seremos julgados por nossos pensamentos, palavras e obras. Ora, aquele que aje com base na verdade real é um sério candidato a uma vida de satisfações plenas já no agora, mas, por ser tão difícil a disciplina exigida, a maioria da humanidade não quer saber dela e sim das oportunidades que o mundo dá, sem exigir a plena convicção de sua virtuosidade.
No entanto só por ser difícil, não devemos abandonar a busca da verdade, pois, um dia, quando menos esperarmos, ei-la que surge diante de nós, radiante e bela, como um anjo diáfano e resplandecente. No entanto, é preciso querê-la com todas as forças pois se assim não fizermos, ela estará sempre fugindo por nossos desejos desvairados.


Eu pensando em como seria bom poder acreditar naquilo que vemos e ouvimos.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

MENSAGEM DAS 2ªAS FEIRAS

A CONSCIÊNCIA IMPLANTADA


Os filósofos antigos muito deixaram de influência para a modernidade com seus conceitos e explicitações. Aristóteles por exemplo, teria dito que “nada vai à mente sem antes passar pelos sentidos”.
Essa simples informação bastou para que os materialistas de plantão dos séculos vindouros cunhassem a idéia de que o homem nascia como se fosse uma tabula rasa, que a experiências dos dias de vida iam preenchendo ao sabor dos acontecimentos. Nascia ai também a idéia de que o homem é um produto 100% dependente da natureza e do meio ambiente.
Hoje felizmente já sabemos (a ciência também esclareceu-se) que o homem troca influências com o meio ambiente e não depende totalmente dela, uma vez que ele podem também modificá-lo, vide as idéias de Francis Bacon já nos idos do século XVI. Ao aprender a explorar a natureza, o ser humano também percebeu ser ele um agente de mudança (pena que não só para melhor).
Por estas fatídicas idéias, o homem considerou-se o dono da natureza e único conhecedor de suas possibilidades. Assim, vindo ao mundo sem nada trazer, além da hereditariedade transmitida geneticamente, o homem foi educado para receber todas as influências da cultura transmitidas via família, escola, religião, mídias de todos os matizes e regras sociais.
Ao se tornar adulto, temos um belíssimo robô, com toda uma consciência implantada, que o guiará pelo resto de seus dias. Regras e crenças da família, educação na forma e conteúdo que o Estado determina, crenças herdadas pela religião familiar, comportamento influenciado pelas mídias e pelas regras ditadas pela sociedade.
Por essa via temos uma moralidade geográfica singular para cada cultura, uma ética trôpega advinda dos preceitos religiosos, o comportamento de moda, ditado pelas mídias e a aceitação acrítica de todas as regras sociais.
Será essa a verdadeira forma de ter uma consciência? Ou podemos dizer que o homem não tem uma consciência própria e sim uma consciência implantada?
Ao longo dos últimos séculos as famílias só sofreram mudanças provocadas pelas experiências da vida, por revoluções sociais e morais, bem como pelas exigências de sistemas educacionais mais aperfeiçoados na implantação de conceitos e regras. A religião cristalizou-se como era de se esperar, causando conflitos éticos e morais de toda a ordem na cabeça principalmente dos jovens.
Como advento das drogas, onde foi parar a consciência, mesmo a implantada? Provavelmente no lixo da história, pois sob a influência delas nenhum tipo de consciência pode ser manifestada.
Com a liberação sexual das mulheres a própria mulher se perdeu, bem como não poderia deixar de ser, também o homem ficou sem rumo. Essa mudança de paradigma resultou em desconfiança, uniões sem estabilidade e frouxas relações afetivas.
Quando eu era menino/adolescente, existia uma regra da Igreja Católica, muito boa por sinal para a época, que recomendava que à noite, antes de dormir, cada um de nós deveria fazer um exame de consciência, sobre o dia que passou, para verificarmos como foi o nosso comportamento, conosco mesmos e com os outros. Isto, verdade seja dita, nos dava um “insight” de moral, de ética e bom comportamento, mesmo que ainda não soubéssemos avaliá-lo à época.
Mais tarde vim a aprender coisa semelhante junto ao movimento escoteiro, onde junto com minha esposa e filha mais velha, durante 8 (anos) militamos como chefes de seções do movimento, que era o de fazer o mesmo exame ao fim do dia.
Hoje, vejo com tristeza que as ações dos seres humanos são excessivamente automatizadas, pois como dizem os americanos (moda que copiamos), tempo é dinheiro e o prazer tem que se gozado hoje.
Vemos, portanto, que a humanidade tornou-se escrava de conceitos, regras e crenças que agem em seus cérebros como fora um imperativo categórico. Dificilmente encontramos alguém com capacidade para pensar e agir de forma própria. Havendo um modelo para tudo. Claro que isso facilita a vida, gera preguiça para pensar e raciocinar, e muita facilidade para seguir regras sancionadas, familiar, religiosa e socialmente.
Não foi por acaso que as idéias de Freud não foram adotadas pelos americanos. Houve, inclusive, influência dos sistemas de segurança que estudando o conteúdo das idéias psicanalíticas, temeram que a população viesse a adquirir um grau de liberdade tal, que viesse abalar o seu famoso “Way of Life”, ou seja, o seu modo de viver a vida. Não é a toa que somente os psiquiatras detêm o verdadeiro poder médico americano.
A verdadeira liberdade se conquista somente quando libertamos nossa consciência de todo esse jugo, agindo e reagindo segundo outras regras, mais refinadas, mais claras e que melhor defende o ser humano.
Ainda bem que os movimentos de vanguarda do último quartel do século XX, mesmo nos Estados Unidos, souberam começar a quebrar os elos da corrente escravagista da mente, dando-lhe o poder de pelo menos perceber que a era dos carneiros guiados por um pastor cruel e insensível como o estado e suas exigências, já começava a estar fora de propósito.
Ninguém como o estado americano perseguiu tanto, pessoas que a seu ver, fugiam de suas regras. Veja por exemplo: Bhagwan Shree Rajneesh, Timothy Leary, John Lenon Wilheim Reich e uma infinidade de outros seres alternativos. Limitaram ou proibiram pelo bem do estado até o uso científico e médico com respeito a determinadas drogas psicodélicas. A consciência não podia ser libertada.
Felizmente não moramos lá. Mas do lado de cá, graça tamanha ignorância, que nem é preciso ações desse tipo, porque o nosso povo é carneiro mesmo, por nascença ou por adoção. Não tivemos o privilégio de estudar filosofia desde os primeiros tempos, pois a Igreja Católica tomou a si o direito de direcionar o seu estudo, segundo os ditames da teologia, não alfabetizamos o nosso povo para poder dominá-lo, daí o uso constante das mentiras que parecem verdades estampadas em todas as nossas instituições. Separamos negros de brancos (nem que seja economicamente), separamos ricos de pobres, com diploma e sem diploma, e vai por aí adiante.
Há inúmeras maneiras de nos livrarmos dos automatismos da consciência implantada, sem nos expropriamos das boas coisas que ela nos deu, como é o caso do indivíduo que para se livrar da água do banho, joga fora junto a criança.
Ler, ler muito para os alfabetizados, duvidar de tudo antes de pensar que o conhecimento recebido é verdadeiro, agir segundo uma intuição treinada, adotar a meditação como norma (até os médicos hoje recomendam), e procurar caminhos de autoconhecimento e autorealização, são a nosso ver, a única forma de revolucionar e libertar nossa mente dessa consciência robótica que nos foi implantada e caminhar pela vida sabendo o que realmente queremos. Não há outra forma.


Espero que sinceramente, esse artigo possa colaborar com o exame de consciência de cada um, permitindo-lhe, na medida do possível adequar sua consciência para a aquisição de uma vida feliz.

Eu pensando em como seria bom que todos os seres humanos fossem realmente conscientes.
(artigo produzido em Brasília e transmitido a partir de Belo Horizonte, onde estou hoje)