segunda-feira, 4 de julho de 2011

MENSAGEM DAS 2ªAS FEIRAS

COMENTÁRIO IX

Considera sempre que o Universo é um organismo vivo, que possui uma única substância e uma única alma; e que todas as coisas estão submetidas a uma só percepção deste todo; que tudo é movido por um único impulso e tudo toma parte em tudo o que acontece. E repara quão intrincada e complexa é essa trama.
Marco Aurélio

Vemos aqui um ensinamento de Marco Aurélio que, a seu tempo parece ter sido um conceito quase universalmente aceito tanto no Egito, quanto na Grécia e principalmente na milenar filosofia oriental.
Hoje, há menos de trinta anos atrás, os físicos atômicos, diante das discussões sobre a física quântica, passaram a se defrontar com fenômenos físicos que ao se aproximarem das percepções antigas, causaram sérias preocupações a toda a comunidade cientifica desse ramo, mas como bons cientistas continuaram a tentar esclarecer suas interrogações.
O resultado de todo esse esforço da ciência (até estudando textos milenares), foi que quando conseguiram dividir o último dos elementos do átomo e nada encontrando de visível que pudesse dar anteparo para equacionar a origem da matéria, ficaram aí sim perplexos em não encontrar uma explicação que fosse viável.
Daí em diante o conhecimento sobre física quântica balizou as novas pesquisas que resultaram em novas compreensões (vide as obras de Fritjof Capra, Ervin Lazlo, Prigogine, Seldrake, etc.), não deixando dúvidas de que o universo é uma sopa de energia quântica, vindo a revelar os conceitos modernos de que a matéria não é nada mais do que energia condensada.
Ora, se o Universo é constituído, ele todo, de uma única energia ele também deve se constituir em um único elemento que pode propiciar a sua evolução, porque a sua criação, hoje sabemos, é uma constante, veja os novos sistemas estelares a todo o momento descobertos pela Astrofísica e Astronomia. Assim, poderíamos mesmo conjecturar, mesmo antes de conhecer esse texto de Marco Aurélio, que ele é constituído de uma única substância, dirigido por uma única alma. (O nome alma aqui, pode ser cientificamente conceituado como inteligência), o que viria a dar ares de conhecimento às nossas religiões modernas que asseveram a existência de uma grande inteligência que criou e gere todo, denominada Deus.
Ora se tudo no universo está integrado, o impulso criador, organizador, evolutivo e integrador deve também, ser um só. Ora se tudo é um, tudo toma parte em tudo o que acontece.
Se esse conceito de Marco Aurélio, ao que a ciência moderna não desqualifica, é necessário que entendamos a nossa responsabilidade na participação dessa realidade que o autor considera uma trama intrincada e complexa, à guiza de sua ignorância em sua verdadeira explicitação.
Onde fica então nossa responsabilidade nessa intrincada e complexa trama? Justamente no uso do pouco de livre arbítrio que o homem possui. Nossos pensamentos, palavras e obras, podem – ao constituir-se numa energia com grande carga de realização – tornar-se num elemento poderoso de interferência na massa quântica universal, provocando desvios e alternância de que hoje, nem conseguimos imaginar.
Os antigos sabendo disso, trataram de se aperfeiçoar, com vistas a não se contraporem, mas tão somente integrar essa energia no máximo de suas capacidades. Não tendo podido (por circunstâncias histórias e culturais), desenvolver uma ciência que lhes desse as explicações corretas, desenvolveram uma metafísica que os colocava no meio, no ritmo e consistência dessa sopa quântica e não só conseguiram participar das formações mais elevadas do pensamento humano, quanto integrando, conseguiram se aproximar mais da Divindade e dessa forma realizar os prodígios Metafísico-Psicológicos que hoje apreciamos nos Iluminados de outrora e de hoje.
O mais extraordinário é que, isso é possível hoje. Basta que façamos o uso correto do pouco de livre arbítrio que temos e possamos descobrir os caminhos que nos possam levar a uma vida, menos egoísta e menos dependente da matéria (sem descartar dela), tornando-nos os senhores da vida e não os pregoeiros da morte.

(Eu pensando quanto o homem vai abrir seus olhos à verdadeira realidade).

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