segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

MENSAGENS DAS 2ªS FEIRAS

DESTINO E LIVRE ARBITRIO


A magnitude do ser está impressa em seu próprio eu. O homem tende a manifestar o conjunto de sua harmonia ou desarmonia interna, num fluxo conjunto de atividades, que podem vir a se tornar um benefício ou não para ele ou aqueles que o rodeiam.
Uma máquina qualquer só poderá funcionar bem, quando todos os elementos que a compõem se ajustam perfeitamente, no sentido de realizar um trabalho para um fim comum. É nesse ponto que peca o conhecimento normalmente adquirido por nosso homem de hoje. O materialismo de que se imbui, considera apenas aqueles elementos mensuráveis e palpitáveis em suas manifestações, somente até o limite da causalidade da vida física em uma só existência.
Acontece que a vida vai mais além de toda essa consideração. A causalidade de toda a manifestação da vida está fora do alcance dos aparelhos da ciência moderna.
Somos, evidentemente, o reflexo somatório de tudo que já fomos, prototizando dessa forma o que seremos no futuro. Aí está o grande segredo da explicação do destino versos livre arbítrio.
Há em nossos dias uma inusitada preocupação referente ao pós vida, os parcos anos da existência física, as diferenças de mentalidade, personalidade, sucesso, habilidades, nascimento e duração da vida.
Existe destino? Existe livre arbítrio? Sim, os dois existem a seu tempo, exercendo sua influência. Mas como? O mecanismo para a compreensão das leis que regem a existência do homem são tão simples que se tornam complexos e às vezes confusos porque carecem de base lógica na mente da ciência atual para sua explicação. Ademais, tem sido mal conduzidos e mal interpretados os fenômenos da vida, pelo excesso da necessidade de tudo generalizar, padronizar, classificar, como única forma para o entendimento da mente humana.
Vejamos. Destino, vocábulo usado para designar acontecimento pré-determinado e fatalidades que não podem sofrer modificações, porque já são fatos considerados consumados, e, diante disso, só resta ao indivíduo a conformação para a realidade de suas manifestações.
Livre arbítrio. Vocábulo usado para designar ações que os homens podem encetar e que fogem ao governo de qualquer mecanismo fora de sua mente e de sua própria vontade.
Como podemos facilmente verificar, o homem admite a existência e manifestação desses dois mecanismos. A vida do ser humano, através de suas encarnações, tem sido determinado pela conseqüência de suas atitudes, quer ativas ou reativas aos fatos da existência, seja a nível cultural, educacional, de compreensão, e uma série de outros fatores que entram na formação de cada um.
Consideremos para efeito de ilustração, uma vida isolada de qualquer indivíduo na face da terra. Nasce uma criança no seio de uma família comum, que lhe dedica afeições e carinhos normais de qualquer lar. À medida que essa criança vai crescendo, torna-se adquirente de conhecimentos inerentes à sua família, somados àqueles que conseguirá obter fora dos seus, que por associação fora de sua convivência familiar, na escola, nos brinquedos, nos passeios e nos livros, cinema, televisão, etc. À medida que tudo isso vai acontecendo, vai ganhando ela conhecimentos capazes de concorrer para a formação de sua personalidade atual.
Torna-se adulto e sente necessidade de expressar sua própria vida e começa a tomar diversas atitudes comandativas de suas ações, que gerarão reações que, conseqüentemente terá de suportar, sejam quais forem, boas ou más. Pelos anos afora, passa esse indivíduo pelas fases mais variadas e talvez mais incríveis. Poderá se tornar um homem próspero ou comum e até miserável materialmente e espiritualmente falando.
Quais foram as condições que deram a esse homem, o direito ou a desgraça de ter esse ou aquele tipo de vida? Se por um lado, muitas coisas fez em sua existência que foram tiradas de sua própria vontade, outra tantos estavam condicionadas por circunstâncias fora de seu controle. Seu próprio nascimento nessa ou naquela família, já foi condição imposta, mas por quem?
Que diz a ciência a esse respeito? Vejamos: considera ela o homem um produto de ações e reações biológicas que foram capazes de o gerar. Que isso ao acontecer determinaram através de cromossomos, cromonemas, cromatinas mais DNA, os elementos depositários da vida e da hereditariedade, a gênese patológica do ser. Nasce um individuo assim, o produto dos fatores conjuntos de seus geradores, trazendo em si uma bagagem de influências incubadas de seus ancestrais.
Reagirá face aos problemas da vida de acordo com o que seus sentidos e instintos o determinarem, somados ao conhecimento e a astúcia que conseguir adquirir. Passará pela existência sem outra finalidade que não o de procurar vencer materialmente a perpetuar a espécie, e, conforme seu berço religioso, esperando depois da morte a recompensa por ter passado por experiências que aparentemente não compreendeu, não explicou, e nem origem conheceu.
E as religiões. Essas transmitem a informação de que o homem foi feito e nasceu por decreto de Deus para viver na terra a glória de sua criação, devendo para retornar ao paraíso de onde saiu, viver de acordo com os ditames de sua lei e que após sua estada aqui na terra, passará por um julgamento no fim dos tempos, julgamento esse que determinará o local de sua futura morada.
As diversas religiões, pelo menos as ocidentais, que mais conhecemos, são na sua maioria, deterministas (pela existência de um destino), no que tange a formação e nascimento do homem. São ao contrário pelo livre arbítrio, quando se trata do modo como o homem conduzirá sua vida para ganhar o melhor julgamento depois dela.
Se examinarmos atentamente o bojo teológico da maioria dessas religiões, vamos encontrar sempre uma trindade aparentemente inexplicável, a existência de um Deus, ao qual a mente humana se arrogou o direito de adjudicar-lhe vários predicativos, sendo os mais comuns e conhecidos: onisciência, onipresença, misericórdia, infinita bondade e eternidade.
Se transportarmos alguns desses qualificativos para a pessoa humana, os encontraremos vinculados à personalidade e caracteres de uma grande percentagem de chefes de família. Qual o pai ou mãe que de uma forma ou outra, não assume alguns desses aspectos? Qual deles não deseja que a vida de seus filhos sema mais amena, mais alegre e mais feliz? E qual o filho que isso não terá se o quiser? Não o querendo não se lhe adianta dar. Qualquer dádiva pode ou não ser aceita.
Entretanto, o bom pai, naturalmente, estabelece regras e códigos que se cumpridos, ensejarão a seus filhos a oportunidade de serem agraciados com suas dádivas. E Deus. Segundo as Religiões e Teologias, assume “Ipso facto” as mesmas características. Mas quais são as suas regras, seus códigos?
Vários foram os seres que ao passarem pela terra chamaram a si o encargo de legislar as coisas Divinas, criar mandamentos. Códigos, pressentimentos, acompanhados quase sempre de grandes promessas aos seus seguidores caso pautassem suas vidas seguindo seus preceitos.
Se analisarmos profundamente as múltiplas questões que envolvem as sutilezas apresentadas por esses seres, encontraremos surpreendidos, um fio de Ariadne que a todos une, criando uma identidade de propósitos entre eles.
Estudando os aspectos culturais, científicos, morais, éticos, filosóficos, sociológicos e históricos, em harmonia com as mensagens deixadas por esse Avatares, podemos concluir que cada um a seu tempo e modo, semeava o mesmo conhecimento de formas diversas, seguindo o entendimento evolutivo da época. É interessante notar que todos eles se preocupavam em formular uma séria de regras e procedimentos para o homem como função básica para sua salvação.
Constatamos então, que Deus como pai, estabeleceu segundo a voz de seus profetas as suas leis pelas quais o homem aos observá-las estaria apto a entrar e participar de seu reino.
Os alquimistas e um determinado número de Ordens Iniciáticas e Esotéricas, Místicas e Filosóficas, possuem por uma forma secreta, os meios de, através de uma rígida disciplina pessoal, intensos estudos e práticas de exercícios que levam anos a fio, a chave da divindade do homem e como fazê-lo comungar com as Hostes Cósmicas, tornando-o um comensal da mesa Divina e um habitante permanente das Moradas do Pai.
Realmente, somos obrigados a reconhecer que, a certas circunstâncialidades de nossa existência, de nada adianta a nós, aparentemente encetar esforços no sentido de modificar sequer um de seus aspectos.
Para 99% da humanidade não existem explicações possíveis para o se estado de vida. A única perspectiva é a morte como fim e dúvida como principio, depois dela. O destino é como uma matriz que estamos constantemente elaborando em todos os minutos de nossa existência, quer por pensamentos, palavras e obras.
A abandonarmos o veículo carnal à putrefação da sepultura ou às cinzas da cremação, transferimos para os veículos imortais do ser, já impressa, a síntese de tudo que fomos e o estado a que chegamos. Está selado aí o destino da futura manifestação de vida.
O livre arbítrio no sentido de criar aspectos positivos ao destino, a longo prazo, revertendo a curva das circunstâncialidades para uma vida pródiga, pode ser plenamente usado, desde que se junte a ele o estudo da Sabedoria Divina.
A tese de que os Mistérios de Deus não podem ser conhecidos pelo homem – que se torna um seu filho pelo conhecimento esotérico – não tem guarida entre os iniciados. A qual filho se nega conhecer e saber das coisas de seu pai? É claro que para aspectos singulares, necessita-se esperar até que o homem alcance um determinado entendimento, que o permita apreender coisas tão importantes.
Vejam que mesmo Jesus falava em separado com seus discípulos e via de regra por parábolas e a Nicodemos no versículo 12 do Cap. 3 do Evangelho de São João diz: Se vos tenho falado das coisas terrenas e não me credes, como crereis se vos falar das celestiais? Óbvio aí está de que se pode falar não só das coisas de Deus, como estudar e conhecer as suas leis e o modo de aplicá-las à nossa evolução.
Podemos usar largamente de nossa vontade para realizar várias coisas na vida. Para modificá-la com o fim de imprimir-lhe um sentido consciente rumo à Divindade, a sabedoria (as leis de Deus) é um meio caminho andado.
A conscientização de que todos os nossos pensamentos, palavras e obras durante todos os minutos de nossa vida estão formando nossa futura existência é sumamente importante para a compreensão do processo de uso do livre arbítrio. Conhecer a mecânica das leis que regulam a Reencarnação é outro fator básico para um melhor aproveitamento do tempo da existência terrena.
O homem não nasceu para ser redimido ou condenado após um curto estágio na terra, nem nos é logicamente possível acreditar que somente fatores biológicos sejam os responsáveis pela maior ou menor chance que se dá ao homem pelo nascimento. Sabemos perfeitamente que esses fatores são o caminho para a manifestação de determinadas condições que por outro lado são da plena responsabilidade do próprio indivíduo. Não há para a média das pessoas, explicação possível para o nascimento numa grande e saudável família, de um membro estropiado, paralítico e/ou patologicamente deficiente.
Aqueles em cuja vida não entram fatores obstaculizantes desse vulto, deveriam procurar conhecer tanto quanto possível as maravilhosas leis Divinas, não só para criar para si próprios um melhor caminho para suas realizações, como também para serem os baluartes da verdade em que apoiariam os que, por débitos anteriores estivessem sendo submetidos a experiências limitativas.
A faculdade de escolha dói dada àquele que sabe o que e como escolher. Atrás do imenso Universo existe uma inteligência ansiosa para nos transmitir o seu conhecimento e nos iluminar com sua luz.
É, portanto o Destino, senão o caminho que foi por nosso livre arbítrio traçado em existências anteriores. O modo de encarar esse caminho, as formas de alargá-lo e dá-lhe a devida continuidade ou modificá-lo, constitui o emprego das forças que empregamos como nosso livre arbítrio atual. Cada arte o ofício exige suas próprias ferramentas e instrumentos. A edificação da vida é o ato mais importante da humanidade. Só assim, poderemos no futuro, construir um paraíso sobre a terra.
O homem é o único responsável pela própria vida e nenhum ato ficará impune ou recompensado, ainda que a justiça terrena o ignore. O Céu e o Inferno estão com suas portas abertas à espera daqueles que o escolheram pela sua própria vontade.
A revolta e uma vida infeliz, não é o melhor método para melhorá-la. A resignação faz parte da sabedoria e o esforço no sentido do aperfeiçoamento é a ordem a ser impressa na vida de cada um.
Um tradicional axioma esotérico nos diz o seguinte: Face a face com as poderosas forças e elementos da Natureza o homem contemplativo, destemidamente considera o seu lugar no grande esquema Cósmico.
A cada um de nós será dado seguindo nosso merecimento. Isso nos leva a concluir que o Destino não tão rígido como pensamos e o livre arbítrio no sentido da evolução são uma metodologia que pode se aprendida.

Eu pensando em quantos seres fazem besteiras usado o livre arbítrio


Até a próxima semana

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