MEDO E RESPEITO
Prof. Msc, FRC, Pisc.
Pedro Henriques Angueth de Araujo
Durante
o período da vigência do Mito, percebemos a criação das referências psicológicas
com relação aos seres e acidentes da natureza decorrentes dos perigos que
principalmente os acidentes naturais poderiam causar ao ser humano, tais como
chuvas torrenciais, queda de barreiras, alagamentos e demais percepções, bem
como o medo que tudo isso suscitava. Nada poderia proteger o homem primitivo
nessas catastróficas circunstâncias.
Devido
ao fato de nossa mente ser bastante plástica o suficiente a permitir que a
imaginação construísse e alimentasse os quadros mais variados, ela foi também
colaborando para a formação de um panteão de forças para as quais dirigia os
rogos de proteção, na falta dos mais elementares conhecimentos.
Dai
a pouco e pouco para o aparecimento de deuses, protetores e adejandos, em
milhares de anos, foi uma circunstância mais que natural. Decorrentes de alguns pseudo sucessos, rituais
os mais diversos e bem mais tarde, surgiram de maneira natural, as religiões
que eram sempre dirigidas pelos personagens mais “cultos” e respeitados. Com o tempo os aparatos individuais foram
cedendo a grupos mais organizados, que à medida do tempo foram se estruturando e
sofisticando seu funcionamento, até os grandes e complexos aparatos religiosos da
modernidade, tendentes a organizar,
estruturar e dirigir as mentes humanas. Assim, a mente humana ficou
refém de um sistema de pensamento que, por sua peculiaridade, não deixava o
homem a direção de sua vida.
Implantou-se
uma hierarquia de poderes, até o aparecimento de uma figura a que se denominou
chamar de Deus, que a tudo teria criado e, de fora do sistema criado, dirigia
tudo com sapiência total.
Bom,
neste momento podemos dizer que a vida que teria aparecido na face da terra há
400 milhões de anos, enfim, tinha um criador. Está, portanto, criada a vida. De
onde?. Como? Com que finalidade? Boas perguntas que ainda não foram
respondidas. Não têm condições de serem respondias ainda hoje, com o arsenal de
conhecimentos que possuímos. Então, vamos cruzar os braços e esperar?
Que
leitor dê sua resposta, considerando que nossa humanidade não está nem um pouco
preocupada com o tema. Já o tem por respondido, quando se alcançou a descoberta
de Deus. E a dúvida? Ninguém exercitou o seu direito a duvidar que quaisquer
dos conteúdos relatados são mentirosos, invenções de mentes impressionáveis e
até propositadamente arrogantes, a ponto de inventar tão fantasiosa história?
Também
não encontrei muito no pouco contraditório espalhado por aí. Apenas, me parece
uns poucos Ateus firmemente convictos de que tudo isso é balela. Mas você já
gastou alguns segundos do seu tempo para pensar no caso? Mesmo que não tenha
tido essa oportunidade, eu o convido a pensar agora? E se tudo isso não é uma
grande invenção para apenas dominar a minha mente e dirigi-la para aquilo que
querem que pensem, falem e levem a ações que no fundo não são as do meu melhor
interesse?
12.08.2019
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