segunda-feira, 20 de março de 2017

RELIGIÃO... A... AS RELIGIÕES Prof. Pisc. Pedro Henriques Angueth de Araújo http://pedroangueth.blogspot.com Desde 1.118, quando os católicos e protestantes da Irlanda do Norte, começaram as suas escaramuças, que perduram até hoje, vemos que, numa velocidade alucinante, as guerras religiosas incendiaram o mundo. E tudo começou, quando o Imperador Constantino, no século IV, resolveu apoiar os cristãos nascentes de Roma, vindo por isso a ser criada a Igreja Católica. Essa instituição foi responsável, pela eliminação sumária de quantos Gnósticos (uma das alas do cristianismo primitivo) eram encontrados nas perseguições montadas para esse fim, pois suas teorias religiosas diferiam daquelas então implantadas. De lá para cá, um sem número de ações premeditadas, foram coordenadas de, século a século, a fim de eliminar desafetos, a exemplo dos grupos franceses, denominados, cátaros, albingenses e valdenses, pertencentes a organizações gnósticas, que foram simplesmente eliminadas a fio de espada, válido tanto para idosos, mulheres e crianças, criando um campo vazio em cada cidade destruída. Vale lembrar também a longa perseguição que os judeus sofreram ao longo da história, culminando com o holocausto na segunda guerra mundial. A Ordem dos Templários no séc. XII que, por um decreto Papal, foi condenada a deixar de existir, para que seus bens (fortuna imensa) fosse transferida para a Igreja Católica, àquele tempo, um pouco falida. Na Idade Média, por exemplo, as perseguições eram tanto organizacionais, como pessoais, bastava saber-se diante de alguém que não concordava com as proposições religiosas, promulgadas pela Igreja Católica, vide o caso de Galileu. Isso foi possível, primeiramente por conta de ações inquisitórias; vigiam na época as ordenações da Santa Inquisição, promulgadas e acionadas pelo Vaticano, hoje denominada "Congregação para a Doutrina da Fé". E naquelas nações onde não há guerras, notadamente Estados Unidos da América e alguns paises europeus, percebe-se nitidamente, perseguições de várias formas, principalmente a muçulmanos e mulçumanas, os primeiros com medo de terrorismo e as segundas, com relação ao uso da vestimenta religiosamente recomendada. Por outro lado, há fundamentalismos religiosos, principalmente entre os muçulmanos, que vivem perenemente por conta de perseguir principalmente, cristãos. Além disso, com fundamentação política, social e também religiosa, persegue-se negros, homossexuais, simpatizantes de aborto, drogas, e outros quejandos. No Brasil, por incrível que pareça dada nossas raízes culturais, negros sempre foram mal tratados, primeiramente por grupos religiosos – lembrando que foi a Igreja de Roma um dos financiadores do tráfico negreiro da África para o Brasil, judeus ricos também foram enquadrados, as mulheres foram sempre discriminadas, política, social e religiosamente, os negros até hoje, a questão do aborto sempre teve o dedo das religiões, as diversas desigualdades que aqui vicejam tem o dedo de todo o mundo. Houve, no inicio do séc XX, uma intensa perseguição às religiões de base africana, Umbanda, Candomblé e congêneres, tanto do ponto de vista político (a polícia era o agente), e das religiões estruturadas. Bem até hoje, vez por outra há uma escaramuça contra as religiões afro-descendentes. Mas, por incrível que pareça, não há no Brasil, uma guerra religiosa, nem perseguição ostensiva hoje. O que há são resquícios de preconceitos. Os templos religiosos estão abertos e funcionando em todo o lugar, muitas vezes, uns vizinhos dos outros sem nenhum problema. No Brasil é assim, somos hoje, naturalmente muito liberais. Palestinos se confraternizam com judeus. Conheço uma infinidade de católicos que frequentam assiduamente centros espíritas, e agora estou sabendo que há neste país, kardecistas e evangélicos que frequentam um centro Islâmico em São Paulo e que existem mulçumanos espíritas. (Vide páginas amarelas) da Revista Veja, edição 2521, de 15 de março de 2017, segundo nelas, as palavras do mais graduado xeque xiita brasileiro, Rodrigo Jlloul. O que gostaria de ressaltar aqui, é que nesse ponto, podemos, sem nenhuma dúvida, nos tornarmos exemplos para o resto do mundo e devia, com certeza, ser mais difundida essa admirável atitude social de nosso povo. Não que não há muitos reparos a fazer em nossa cidadania e civilização, mas nada com que nos devamos preocupar. Brasília, 20 de março de 2017

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